domingo, 13 de setembro de 2015

Tribunal medieval.


É tão difícil viver entre mundos, 
entre espaços profundos, entre pessoas queridas.
Tão difícil ainda tolerar minhas incertezas, 
o não estar presente no ato.

Como são muitos mundos adjacentes, 
temos que permanecer em algum mundo por um tempo.
Ouvir e ler mensagens vindas pelo ar, 
por cabos óticos e por fim em minha tela clara, 
se apresentarem.

Não posso proferir juízo, 
tenho que ser imparcial, 
não quero advogar errado, 
nem magoar quem quer que seja.

Me chamarão de covarde? Pode ser...
Me retiro das causas que fazem respeito, 
deste tribunal medieval.

Só espero não estar cometendo injustiças, 
não acolhendo verdades já proferidas.
Agora analiso o que pode passar um juiz, 
diante dos processos, diante da verdades alheias.

Gerson Araujo Almeida

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