domingo, 27 de setembro de 2015

Querem matar o poeta?


 Fogem-me as palavras, 
tento juntá-las mas não consigo.
Não sei o que acontece agora, 
nesse instante, comigo.
Por onde andam as musas, 
por onde anda o encantamento,
aquela força que emana da amada, 
quando por perto está.

Será que estão me castigando, 
isolando seus corações para que eu não as sinta.
Fiz algum mal a elas? 
Será que provoquei alguma ira, 
vão me abandonar agora?

Sabem que se fizerem isso, 
vão matar o poeta.
Que não vive mais uma vida e sim várias...
Sempre em busca do amor, 
sempre pensando ser merecedor.
Um amor puro que vem em ondas, 
que pelo ar se propaga, 
que os astros na noite derramam.

Vem pela Lua, vem pelas chuvas, pelas estrelas, 
vem pelo ar perfumado de seus corpos.
Emana de suas bocas desejosas de um beijo, 
de seus corpos carentes de fortes abraços.

Só posso prometer que um dia as visitarei 
e seus desejos realizarei,
quanto aos meus, 
prefiro sussurrar em vossos ouvidos.

Gerson Araujo Almeida

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