sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Relendo tuas cartas


Guardadas no fundo da estante, 
numa caixa velha de sapatos,
revirando documentos antigos deparei-me 
com tuas cartas perfumadas.
Ainda guardam o aroma sutil 
que sempre me encantou por anos.
Que saudades me trás tais cartas.

Muito embora, 
nunca tenha sido dado a escrever, 
naqueles tempo corridos,
onde o trabalho era mais importante 
que o lazer de escrever e ler. 
Tudo o que tinhas no peito para me dizer.
Peço hoje mil perdões, 
por não ter me dado ao luxo 
de apreciar belas palavras,
que me tocam hoje, fundo a alma.

Dizem: 
"É quando se perde que se valoriza o bem!"
Poderia ter sido mais atento, mais amoroso.
Não que não tenhamos realizado 
todos os nossos desejos,
no calor de nossas paixões, 
em meio ao amor que reinava entre nós.
Sempre me preocupei com isso, 
nunca te deixar carente de carinhos.

Hoje, revirando tuas cartas, 
perfumadas ainda, envelhecidas pelo tempo.
Me prendo a reler e admirar 
o quanto fui amado, adorado e desejado, por ti.

Perdoa amor, se não fui o melhor dos amantes...

Gerson Araujo Almeida

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