quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Desejei singrar teus mares


Quero aventurar-me e explorar teus mares, 
tuas praias de areias claras.
Tuas conchas recolher, teus mariscos saborear.
És a própria natureza que vive 
neste corpo que segredos esconde.

Meu barco já singrou mares revoltos,
tempestades aguentou sem fazer água suficiente,
para desaparecer no horizonte.
Sou Almirante, já fui grumete, marinheiro me formei,
entre lutas em água de tempestades.

Nada me abala mais, 
nem que me recuse o seu amor.
Partirei sem remorso teu, 
vou entender e aceitar meu destino.
Navegar com o vento, 
aproveitando as marés que se mostram acessíveis.
Sigo a amiga, 
que lá de cima me indica a rota, bondosa Lua.

Nem que a chuva me açoite, 
revoltada e enciumada, 
por não ter lhe desejado este poema.
Não chore minha pequena, 
suas lágrimas por vezes me refresca, 
doce chuva, acolhedora e refrescante.
Em mares de sol pleno e calmaria, 
serás sempre bem vinda.

Gerson Araujo Almeida

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