Hoje tirei o dia para me amar,
não..., não menino, não fui trabalhar.
Fui brincar de sonhar.
Não me rebelei ou enlouqueci,
apenas estou de folga,
mereço um dia da semana tirar.
E justamente na minha folga
veio esse dia me felicitar.
Que presente lindo caiu do céu,
eu apenas fui buscar.
Acordei às quatro, com o barulho das gotas
e o seu cheiro misturado a mato veio me abraçar.
Fazia tempo que não vinha,
fiquei até doente na sua ausência,
me sentindo tão carente.
Mas hoje veio me presentear
e fui ao encontro dela, que sai com o coração a disparar.
Suas gotas foram pouco a pouco
percorrendo o meu corpo.
Senti meus seios endurecer e não foi de frio.
Foi puro tesão de quem desejava muito
ser tocada e acariciada por essa magia.
Porque gosto tanto dela? Nem sei explicar.
Poetisa da chuva nasceu assim
esse amor sem par.
Caminhando e brincando com ela
mil livros poderia editar.
Em muitos contos de amor
e loucuras iria me deliciar.
Estou toda arrepiada
com uma sensação de gozo pleno.
Esse é o momento de contentamento,
de uma emoção que vem de dentro.
Meus lábios sorriem,
e meu peito dispara aqui dentro.
Quase senti o seu beijo,
carregado de desejo.
Suas mãos pelo meu corpo molhado
iam o tempo todo percorrendo.
Suas carícias me enlouquecendo.
Eu extasiada de prazer no seu ouvido fui cochichar.
Vem? Venha logo, vem me amar,
me ame gostoso beijando todo meu corpo.
Meus gemidos saem misturados as gotas da chuva.
Meus lábios molhados venha beijar.
E me toque como se nunca nunca mais
pudesse me abraçar .
Me beije ternamente e quando eu enlouquecer,
se prepara para ser amado de um jeito
que jamais da sua mente poderá remover.
Em tua alma irei penetrar.
Teu coração irei roubar.
E a cada amanhecer irá despertar
com meus carinhos e minha boca pedindo a tua
e eu com todo meu corpo irei te abraçar.
Poetisa da Chuva
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