sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Amor é para gastar


Por: Ivana Lino
Na economia da vida, 
o maior desperdício 
é fazer poupança de amor. 
Prejuízo na certa. 

Amor é para gastar, 
mostrar, ostentar. 
O amor, aliás, 
é a mais saudável forma 
de ostentação que existe no mundo. 

Vai por mim, amar é luxo só. 

Triste de quem sente e esconde, 
de quem sente e fica no joguinho dramático, 
de quem sente e guarda 
a sete chaves. 
Sinto muito.

Amor é da boca para fora. 
Amor é um escândalo que não se abafa. 
“- Eu te amo!” 
É para ser dito, desbocadamente. 
Guardar:
“- Eu te amo!” 
é prejudicial à saúde.

Na economia amorosa, 
só existe pagamento à vista, 
missa de corpo presente. 

O amor não se parcela, 
não admite suaves prestações.
Não existe essa de amor só amanhã, 
como na placa do fiado do boteco. 
Amor é hoje, aqui, agora... 
Amor não se sonega, 
amor é tudo a declarar.

Poema de Braulio Lalau

2 comentários: