És fogo que me queima, mulher.
Quando em mim, encostas.
Deixa-me marcas de amor, cicatrizes.
A pele arde quando me tocas,
tuas mãos são como tochas.
Incendeia-me, purifica-me...
Cura-me da solidão.
Aqueça-me este solitário coração.
Ordinário, devasso, saliente
Impuro e pecaminoso.
Seja-me a salvação que procuro,
tira-me deste inferno.
Quero provar de teu fruto, antes.
Para no futuro não lamentar.
de teu sabor, não poder lembrar.
Não ter provado do teu mel,
nem arrancado o teu véu...
Tua fogueira que arde,
ilumina meu caminho ate você.
Preenche a clareira nesta selva.
Quero ver os teus contornos,
estes teus lindos tesouros explorar,
penetrar fundo teus abismos,
descansar em teu peito...
Queima-me,
quando só restarem cinzas,
vou me erguer delas, como uma Fênix.
Voarei para o teu lado,
morrerei tantas vezes se preciso for,
mas nunca irei te abandonar.
Meu amor...
Gerson Araujo Almeida
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