sexta-feira, 26 de julho de 2013

Eu sei, que ainda és meu

Do blog da Fernanda

Demorei para dormir. Deitada, me virei para um lado e para outro, ate que resolvi ligar o radio. Estava tocando a nossa musica. Logo, fui remetida, jogada ao passado, sugada para lá. Pude ver de longe a gente brincando, sorrindo. Como a gente sempre fazia, quando estávamos juntos. Uma lagrima do meu rosto escorreu. A musica terminou, mas eu fui ate o Notebook, coloquei a musica de novo, e la naquele arquivo escondido encontrei as nossas fotos. Fiquei sentada ali, no meio da noite fria, revendo e relembrando coisas nossas, momentos nossos. Viagens, nossos sonhos e nossos medos.

O pior foi ver que nossos medos foram maiores que nossos sonhos. Sendo assim, estávamos cada um em uma estrada diferente, pegando rumos e destinos diferentes, daqueles que um dia deitados entrelaçados na cama, tramamos para nós. Cadê nossos sonhos? Onde estamos? Porque estamos? Mesmo longe de ti, eu ainda estou perto. Ainda sinto teu cheiro, teu perfume, teu aroma, teu suor. Ainda te vejo na minha cama, ainda te sinto em meu corpo, e você esta tatuado no meu coração. Mas alguma coisa aconteceu no meio do caminho e nos perdemos, nos soltamos. Desistimos dos sonhos e impulsionamos os medos, fizendo com que ganhassem vida e força, afastando nossos corpos, mas nunca, nossos corações.

Sei que pensa em mim, quando escuta nossa musica no radio, ou quando olha para nosso cachorro, quando timidamente olha nossas fotos. Eu sei... Sei que sente tanto a minha falta quanto eu sinto a tua, eu sei... Ainda estou conectada a ti, e sinto algumas coisas que você sente. Sinto ate mesmo, quando chora de saudade, porque eu também choro. E sei que fazemos isso, quase que ao mesmo tempo, e sempre olhando para lua. É ali que nos encontramos, é ali que nosso amor vive.

Um dia quem sabe, nessa vida ainda possamos realizar aqueles sonhos. Pode ser que nessa vida, ao amadurecermos, nossos medos vão embora, dando espaço somente ao amor que um dia nos uniu. Que ainda nos uni. E possamos continuar de onde paramos e ao nos encontramos na saída de nossos caminhos, nossas mãos se encontrem também e juntas, possamos trilhar o mesmo caminho, aquele o qual, nunca deveríamos ter nos desviado.

Fernanda Saraiva.
Porto Alegre - RS - Brasil
http://sonhosdemeninamulher.spaceblog.com.br/




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