terça-feira, 30 de abril de 2013

Dia Nacional da Mulher

A lei número 6.971/1980 institui o dia 30 de abril como o Dia Nacional da Mulher. A data escolhida é uma homenagem a Jerônima Mesquita, uma das primeiras líderes do movimento feminista brasileiro. Ela fundou o Movimento Bandeirante (que tinha como objetivo a inserção da mulher na sociedade) e, ao lado de outras expoentes feministas, criou o Conselho Nacional das Mulheres.

Jerônima Mesquita
— Leopoldina, 30 de abril de 1880 — 1972  foi uma enfermeira, líder feminista brasileira e fundadora do Movimento Bandeirante do Brasil. Em sua homenagem, 30 de abril é, no Brasil, o Dia Nacional da Mulher.

Biografia
De origem abastada e aristocrática, Jerônima era filha de Maria José Vilas Boas de Siqueira Mesquita e de José Jerônimo de Mesquita, nascida numa família de cafeicultores bem sucedidos; por isso pôde ter acesso a educação e cultura. Na Fazenda da família destacava-se a maneira com que os escravos eram bem tratados, aos quais foi permitidos aulas de música e a construção de uma sala de música; que tinham sua própria orquestra, que tocava durante os jantares. Mesquita foi um dos primeiros fazendeiros de Leopoldina a libertar os escravos, antes da Lei Áurea, em 1886. Como reconhecimento, o imperador Pedro II concedeu-lhe o título de Barão. A família destacava-se assim por estes méritos e pela boa educação aos filhos; como era de costume para a elite da época, viaja entre Brasil e Europa constantemente; na residência do Rio de Janeiro, no bairro do Flamengo, recebia ilustres da sociedade e personalidades mundiais: Chiang Kai-shek e Madame Curie. A pianista Guiomar Novaes, amiga pessoal, costumava também hospedar-se em sua casa quando vinha ao Rio de Janeiro.

Depois de víuva, D. Maria José deu maior ênfase a atividades filantrópicas e sociais; Conta-se que teria vendido um diamante cor-de-rosa para adquirir o terreno onde foi construído o Sanatório São Miguel, em Correias, região serrana fluminense, destinado a crianças e mulheres tuberculosas. Além da fundação desse sanatório, a baronesa também usou seu prestígio junto aos membros da elite carioca a fim de levantar recursos para concluir a obra e sustentar seu funcionamento.

Seguindo o espírito empreendedor da mãe,  Jerônima Mesquita exerceu diversas atividades sociais de gandre relevância para o país. Por imposição da família casou-se aos 17 anos, mas separou-se em seguida após dois anos do casamento e nunca mais voltou a casar. Quando da eclosão da I Guerra Mundial Jerônima ingressou como voluntária da Cruz Vermelha de Paris e depois serviu à Cruz Vermelha Suíça. havia trabalhado como enfermeira na guerra e conheceu o movimento escoteiro na Europa. No Brasil, participou da fundação da Cruz Vermelha, organização que dava assistência aos doentes e refugiados; dos Pequenos Jornaleiros, entidade para meninos órfãos ou carentes; e da Pró-Matre, instituição para gestantes carentes.

Laços de estreita amizade com Bertha Lutz e Stela Guerra Duval consolidaram a atuação na luta pelos direitos da mulher. Foi uma das fundadoras da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF) em 1922. Jerônima foi uma das pioneiras na luta pelo direito ao voto feminino, participando ativamente do movimento sufragista de 1932. Com Bertha Lutz e Maria Eugênia, em 14 de agosto de 1934, lançaram um manifesto à nação, chamado de Manifesto feminista. Jerônima, então com 29 anos, foi responsável pela fundação do Movimento Bandeirante no Brasil, em 1919. Em 1947, Ao lado de um grupo de companheiras fundou o Conselho Nacional das Mulheres (Rio de Janeiro).

http://www.feminismo.org.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário