Na pagina em branco,
vi minha vida e minhas lagrimas.
Resumi que ali, duas vidas se encontravam.
Vi o tempo passando naquelas paginas,
percebi que só haviam lagrimas,
e nenhuma palavra.
No instante perguntei-me:
"- Onde estavam as belas palavras?"
Que um dia anotei ao se passar o tempo,
só existiam lagrimas que se extinguiram de varias formas.
De alegria ao se dar a vida a alguém.
Lagrimas de dor
que se confundiam em meio as paginas em branco.
É estranho que a dor se misture com a alegria,
mais ao mesmo tempo deixa a sensação de um profundo e imenso vazio,
que não preenche de forma alguma a pequena pagina vazia,
e nem tão pouco se resume neste rascunho que um dia foi escrito.
Foi ali que comparei a lagrima como se fosse um estudo biológico,
e percebi que sempre as derramei sem cor e nem odor.
Só tem sabor,
mas não é salgada como dizem,
tem de sabor doce ou talvez amargo,
que muitos não conseguiam sentir.
O sabor doce, vem da felicidade que se conquistou um dia,
O amargo, muitos fingem não sentir.
Derramei-as nos piores momentos,
das emoções que cortaram meu coração,
e que feriram profundamente a alma,
deixando tamanha cicatriz e desilusão.
Que devasta a sabedoria perfeita das paginas escritas,
nos momentos alegres e felizes, que foram vividos.
Paginas em branco não se resumem em lagrimas perdidas,
são lagrimas que ainda não foram escritas.
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