quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Revolução nas universidades

Avanço do ensino superior online nas melhores escolas tornará o conceito de diploma algo arcaico; e isso é bom.


Thomas L. Friedman - The New York Times

Deus sabe que há muitas más notícias no mundo atual que nos derrubam, mas está ocorrendo alguma coisa formidável que me deixa esperançoso com relação ao futuro. Trata-se da revolução, incipiente, no ensino superior online. Nada tem mais potencial para tirar as pessoas da pobreza - oferecendo a elas um ensino acessível que vai ajudá-las a conseguir trabalho ou ter melhores condições no seu emprego. Nada tem mais potencial para libertar um bilhão de cérebros para solucionar os grandes problemas do mundo. E nada tem mais potencial para recriar o ensino superior do que as MOOC (Massive Open Online Course), plataformas desenvolvidas por especialistas de Stanford, por colegas do MIT (Massachusetts Institute of Technology) e por empresas como Coursera e Udacity.

Em maio, escrevi um artigo sobre a Coursera - fundada por dois cientistas da computação de Stanford, Daphne Koller e Andrew Ng. Há duas semanas, retornei a Palo Alto para saber do seu progresso. Quando visitei a Coursera, em 2012, cerca de 300 mil pessoas participavam de 38 cursos proferidos por professores de Stanford e de outras universidades de elite. Hoje, são 2,4 milhões de alunos e 214 cursos de 33 universidades, incluindo 8 internacionais.

Anant Agarwal, ex-diretor do laboratório de inteligência artificial do MIT, hoje é presidente da edX, uma plataforma sem fins lucrativos criada em conjunto pelo MIT e pela Universidade Harvard. Anant disse que, desde maio, cerca de 155 mil alunos do mundo todo participam do primeiro curso da edX: um curso introdutório sobre circuitos do MIT. “É um número superior ao total dos alunos do MIT em sua história de 150 anos”, afirmou.

Claro que somente uma pequena porcentagem desses alunos completa o curso, mas estou convencido de que, dentro de cinco anos, essas plataformas alcançarão um público mais amplo. Imagine como isso poderá mudar a ajuda externa dos EUA. Gastando relativamente pouco, o país poderia arrendar um espaço num vilarejo egípcio, instalar duas dezenas de computadores e dispositivos de acesso à internet de alta velocidade via satélite, contratar um professor local como coordenador e convidar todos os egípcios que desejarem ter aulas online com os melhores professores do mundo e legendas em árabe. É preciso ouvir as histórias narradas pelos pioneiros dessa iniciativa para compreender seu potencial revolucionário. Uma das favoritas de Daphne Koller é sobre Daniel, um jovem de 17 anos com autismo que se comunica por meio do computador.

Ele fez um curso online de poesia moderna oferecido pela Universidade da Pensilvânia. Segundo Daniel e seus pais, a combinação de um currículo acadêmico rigoroso, que exige que ele se concentre na sua tarefa, e do sistema de aprendizado online, que não força sua capacidade de se relacionar, permite que ele administre melhor o autismo. Daphne mostrou uma carta de Daniel em que ele escreveu: “Por favor, relate à Coursera e à Universidade da Pensilvânia a minha história. Sou um jovem saindo do autismo. Ainda não consigo sentar-me numa sala de aula, de modo que esse foi meu primeiro curso de verdade. Agora, sei que posso me beneficiar de um trabalho que exige muito de mim e ter o prazer de me sintonizar com o mundo.”

Um membro da equipe do Coursera, que fez um curso sobre sustentabilidade, me disse que foi muito mais interessante do que um estudo similar que ele fez na faculdade. Do curso online participaram estudantes do mundo todo e, assim, “as discussões que surgiram foram muito mais valiosas e interessantes do que os debates com pessoas iguais de uma típica faculdade americana."

Mitch Duneier, professor de sociologia de Princeton, escreveu um ensaio sobre sua experiência ao dar aula num curso da Coursera. “Há alguns meses, quando o campus de Princeton ficou quase em silêncio depois das cerimônias de graduação, 40 mil estudantes de 113 países chegaram aqui via internet para um curso grátis de introdução à sociologia. Minha aula de abertura, sobre o clássico de C. Wright Mills, de 1959, The Sociological Imagination, foi concentrada na leitura minuciosa do texto de um capítulo-chave. Pedi aos alunos para seguirem a análise em suas cópias, como faço em sala de aula. Quando dou essa aula em Princeton, normalmente, são feitas algumas perguntas perspicazes. Nesse caso, algumas horas depois de postar a versão online, os fóruns pegaram fogo, com centenas de comentários e perguntas. Alguns dias depois, eram milhares. Num espaço de três semanas, recebi mais feedback sobre minhas ideias na área de sociologia do que em toda a minha carreira de professor, o que influenciou consideravelmente cada uma das minhas aulas e seminários seguintes.”

Anant Agarwal, da edX, fala sobre um estudante no Cairo que teve dificuldades e postou uma mensagem dizendo que pretendia abandonar o curso online. Em resposta, outros alunos no Cairo, da mesma classe, o convidaram para um encontro numa casa de chá, onde se ofereceram para ajudá-lo. Um estudante da Mongólia, de 15 anos, que estava na mesma classe, participando de um curso semipresencial, hoje está se candidatando a uma vaga no MIT e na Universidade da Califórnia, em Berkeley. À medida que pensamos no futuro do ensino superior, segundo o presidente do MIT, Rafael Reif, algo que hoje chamamos “diploma” será um conceito relacionado com “tijolos e argamassa” - e as tradicionais experiências no campus, que influenciarão cada vez mais a tecnologia e a internet para melhorar o trabalho em sala de aula e no laboratório.

Ao lado disso, contudo, muitas universidades oferecerão cursos online para estudantes de qualquer parte do mundo, em que eles conseguirão “credenciais” - ou seja, certificados atestando que realizaram o trabalho e passaram em todos os exames. O processo de criação de credenciais fidedignas certificando que o aluno domina adequadamente o assunto - e no qual um empregador pode confiar - ainda está sendo aperfeiçoado por todos os MOOCs. No entanto, uma vez resolvida a questão, esse fenômeno realmente se propagará muito. Posso ver o dia em que você criará o seu diploma universitário participando dos melhores cursos online com os mais capacitados professores do mundo todo - de computação de Stanford, de empreendedorismo da Wharton, de ética da Brandeis, de literatura da Universidade de Edimburgo - pagando apenas uma taxa pelo certificado de conclusão do curso.

Isso mudará o ensino, o aprendizado e o caminho para o emprego. “Um novo mundo está se revelando”, disse Reif. “E todos terão de se adaptar”.

* É COLUNISTA
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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Rede pública terá tecnologia digital na alfabetização

Kit chega às salas de aula para 300 mil alunos do 1º ao 5º ano.

Costin destacou pesquisa que detectou que 75% dos alunos da rede municipal têm computador em casa | Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia
POR André Balocco

Rio -  As crianças que estudam do 1º ao 5º ano na rede municipal do Rio, incluindo a alfabetização, têm um motivo a mais para prestarem atenção nas aulas: até abril deste ano, todas as salas da rede estarão equipadas com um kit composto por um projetor digital e um computador com acesso à internet, que permitirá aos mestres usarem a tecnologia no apoio ao ensino. Segundo a Secretária de Educação do Rio, Cláudia Costin, a inovação faz parte de um pacote de aperfeiçoamento do magistério para enfrentar o desafio de dar aulas a uma juventude cada vez mais antenada com o universo digital.

“Temos 300 mil alunos do 1º ao 5º ano que serão beneficiados com a medida”, diz a secretária, que visitou a redação do DIA ontem para fazer um balanço de seus quatro anos de gestão. O ano letivo para a rede municipal começa no dia 18 de fevereiro. O que será novidade para os pequenos, porém, já não é mais para os que estudam do 6º ao 9º ano. Costin só decidiu expandir o recurso digital para os mais jovens após o sucesso que as aulas fazem no segundo segmento.

“Os adolescentes adoram. Encomendamos uma pesquisa e descobrimos que 75% dos alunos da rede municipal têm computador em casa”, disse. “O mais impressionante foi saber que 98% deles acessam a internet, seja de casa ou de lan houses. Acabou o mito de que os alunos da rede pública não têm meios de acessar a internet”.

As aulas que serão ministradas às crianças estão disponíveis na Educopédia, site criado pela secretaria que padroniza aulas digitais e que tem a chancela da Unesco. Com periodicidade semanal, o professor acessará as aulas disponíveis para a rede e as projetará com o maquinário que a prefeitura está instalando nas escolas. Nelas há games e testes com quizz para a garotada. “A tecnologia faz a aula ficar mais interessante. É um desafio que estamos enfrentando”, concluiu.

Convênio com UFRJ preparou professores
As aulas postadas na Educopédia foram produzidas sob a chancela da UFRJ. Segundo Cláudia Costin, após autorização do MEC, foi feito um convênio com a universidade, que usou seu Núcleo de Computação Eletrônica para capacitar 80 colegas da rede pública.

“Os primeiros professores ganharam bolsas de R$ 800 a R$ 1.200 para fazer o curso, em 2010”, diz a secretária. “Eles viraram multiplicadores dentro da própria secretaria”.

Hoje, já há 400 professores capacitados para postar novas aulas no site. As novas produções acrescentam conteúdos ou criam uma outra forma de falar sobre o mesmo assunto.

Professora elogia avanços
Diretora do Casarão dos Prazeres, no Morro dos Prazeres, Selma Vieira é entusiasta da Educopédia. Para ela, não há mais desculpas para que professores e alunos não se dediquem.

“A Educopédia abre um leque muito bacana para a educação. É importantíssimo. Tenho conversado com meus colegas e eles estão entusiasmados”, diz.

Selma garante que todas as escolas estão bem equipadas. E aposta no crescimento da educação no município. “Cada professor tem sua senha particular para entrar no site e acessar as aulas. Se ele for interessado, pode evoluir”.

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A Rendeira

Do Blog da Isabel 

A Rendeira 

Na teia da manhã que se desvela,
rendeira compõe seu labirinto,
movendo sem saber e por instinto
a rede dos instantes numa tela.
Ponto a ponto, paciente,
tenta ela traçar no branco linho
mais distinto a trama de um desenho
tão sucinto como a jornada humana se revela.

Em frente,
o mar desfia a eternidade noutra tela
de espuma e esquecimento enquanto,
entrelaçado, o pensamento
costura sobre o sonho a realidade.

Em que perdida tela mais extrema
foi tecida a rendeira e este poema?

Adriano Espínola


Bom dia,, queridos amigos!

Gosto de textos que falam de bordados. Um desenho construído ponto a ponto, com arte e paciência, assim como a vida, a qual vamos acrescentando cores e formas todos os dias. Achei belo este poema, onde tudo se entrelaça..., a rendeira, o mar, o pensamento que bordam e que, ao mesmo tempo, fazem parte do bordado. Assim como nós...

Um dia maravilhoso para todos, com lindas matizes, com lindas cores, deixando este pedacinho do bordado mais alegre, mais colorido!
Com carinho, Isabel

Isabel Menezes
São José do Rio Preto - SP - Brasil
http://meuamorvirtual.loveblog.com.br



terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Amor Machuca?


Do Blog da Isabel

Não..., amor verdadeiro não machuca... Amor verdadeiro apenas doa, ajuda, estende a mão. Amor verdadeiro é aquele que nunca provoca choro. Amor verdadeiro é o que te mostra verdades odiáveis... Mas que sente profundamente suas dores por essa provação! Percebe seus momentos de fragilidade, incertezas e medos. Aquele que suporta um calvário para que você não sofra.

Amor verdadeiro é aquele que mesmo diante dos jogos infantis do amor, se mantem em equilíbrio, pois sabe toda a verdade sobre você e todo o resto... Amor verdadeiro é aquele que te rodeia a cintura, cheio de braços e abraços, apenas para te fazer dançar...

Amor verdadeiro é apenas aquele que anseia pelo teu sorriso... Aquele que te provoca o riso, só para te ver feliz!!! Amor de verdade é esse que conta as horas só para ver de novo... Amor de verdade é apenas simplicidade... Cumplicidade, confiança, desejo sincero..., carinho e fé...

(AD)


O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.
(1 Coríntios 13:4-5)


Olá, queridos amigos! Passei uns dias com 'preguicite', mas já estou me recuperando..., férias, sabem como é...., aproveitei estes dias e assisti a alguns filmes, dentre eles "Crime verdadeiro" com Clint Eastwood, de quem sou fã, no papel principal e na direção. Excelente, como todos os seus filmes! Assisti também ao clássico "O suplício de uma saudade" com a música maravilhosa "Love is a mane splendored thing", que é o nome original do filme. E assisti "Coração Valente", com Mel Gibson como protagonista e diretor. Também um excelente filme. Enfim, a fila dos filmes que me aguardam há tempos para serem assistidos deu uma andada...

Agora, voltando ao tema do post "O amor machuca?", ele retoma ao post anterior, "Um porto seguro (http://meuamorvirtual.loveblog.com.br/602377/Um-Porto-Seguro/), um livro do Nicholas Sparks que aborda o tema da violência doméstica, um assunto para lá de revoltante. E, em nome do amor, ou por medo, muitas mulheres submetem-se a esse sistema de terror. 

Mas o amor é incapaz de fazer mal, de magoar, de ferir. Quem faz isto não ama, é um covarde, incapaz de enfrentar alguém de igual para igual. Apesar de, ultimamente, as mulheres estarem denunciando mais, ainda existem muitas que não têm coragem e se submetem a toda sorte de torturas físicas e psicológicas. É importante reagir desde o início, não esperar que a situação se repita, afastar-se do agressor, pois ele não vai mudar e seu 'arrependimento' faz parte do seu jogo. Infelizmente, muitos casos chegam a culminar em morte e deixam sequelas inapagáveis na vida dos filhos. Por isso, ter independência financeira e muita coragem é essencial para pôr fim a relacionamentos que só trazem sofrimento.

Beijos, que todos tenham um dia maravilhoso! Com carinho... Isabel.


Isabel Menezes
São José do Rio Preto – SP - Brasil
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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Brasileiro é nota 10 nos EUA

Mestre de Petrópolis está entre os quatro finalistas do prêmio americano Professor do Ano.

Na turma de Alex, metade dos alunos são autistas | Foto: Divulgação

POR Chico Alves

Rio -  Os americanos conhecerão em abril o vencedor do prêmio de melhor professor dos Estados Unidos. O anúncio será feito na Casa Branca, pelo próprio presidente Barack Obama. A relação dos quatro finalistas foi divulgada na última quinta-feira e nela há um nome em português capaz de enrolar a língua presidencial: Alexandre Lopes. Nascido em Petrópolis, Lopes, que reside em Miami, é o primeiro brasileiro a concorrer ao ‘Teacher of The Year’ (Professor do Ano). Ele espera tranquilo o resultado: “Já tenho a recompensa que esperava, dar aulas me faz feliz.” Aos 43 anos, ele leciona na escola Carol City Elementary, para alunos com idades entre 3 e 5 anos. Metade deles tem autismo e a outra parte não apresenta problemas de desenvolvimento. “A sala de aula reflete minha filosofia social, a de uma sociedade inclusiva e sem preconceitos”, define Lopes. Muitos estudantes são imigrantes.

O que seu método de ensino tem de tão especial, para ser notado em um país com 3 milhões de professores? “Uso música e dança. Através da percussão, os alunos conseguem distinguir onde começa e termina uma palavra”, explicou Lopes ao DIA. Ele também associa canções a técnicas de relaxamento. O jeitão despojado, característico de quem é do Rio de Janeiro, ajudou na profissão. “Minha descontração facilitou o contato com os alunos e as suas famílias”, acredita. Para ele, criatividade tem a ver com o estilo de vida: “O brasileiro é muito versátil e talentoso. Precisamos acreditar no caráter único de nossa cultura”. É com essa confiança que ele espera chegar o dia do anúncio de Obama.

‘Sala de aula reflete a fé na inclusão’
Vivendo nos EUA há 18 anos, Alexandre Lopes virou professor por acaso. Era comissário de vôo quando aconteceu o atentado às torres gêmeas, em 11 de setembro de 2001. A empresa deu licença aos funcionários. Ele aproveitou e entrou na faculdade de Educação, especializou-se em alunos especiais e criou sua própria pedagogia. Foi para a lista dos top 50 dos EUA ao ser escolhido como o melhor professor da Flórida, em julho. Na quinta-feira, se tornou um dos quatro finalistas.

A descontração característica de quem nasce no Rio de Janeiro ajudou na profissão?
Sim. Porém, descontraído ou não, sei sempre dizer o porquê de fazer o que estou fazendo. Saber a teoria por trás de minhas ações fez com que a descontração fosse respeitada.

No Brasil ainda se discute se alunos especiais devem aprender em salas de aulas regulares. O que você acha?
Acredito na inclusão. Quero uma sociedade que ofereça um lugar a todos os seus membros, indiscriminadamente. A sala de aula tem que refletir isso. Para isso dar certo, é preciso ter o apoio do governo e da sociedade.

Ficou surpreso por ter ficado entre os quatro melhores mestres dos EUA e concorrer a melhor do país?
Nunca imaginei que chegaria onde cheguei. Quando optei por fazer o que faço, procurei algo que me fizesse feliz. Não esperava reconhecimento nenhum.

Tem algum recado para os professores do Rio de Janeiro?
Meus colegas do Rio têm tarefa extra: preparar os jovens para mostrar durante a Copa e as Olimpíadas que se o Brasil já é um sucesso hoje, quando eles tomarem a dianteira, será inimaginavelmente melhor.

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domingo, 20 de janeiro de 2013

Engenheria de Controle e Automação é novidade promissora

Rio -  O Dia Online está trazendo para seus leitores, em parceria com a Estácio, um guia de profissões para ajudar os estudantes a escolher que carreira seguir.  Para isso, apresentamos entrevistas com coordenadores de cursos, para tirar dúvidas e mostrar as atuações e vantagens de cada profissão, bem como o cenário atual do mercado e as aptidões necessárias.

Administração e finanças são englobadas | Foto: Agência O Dia

Temos mostrado as várias áreas diferentes da Engenharia, para quem quer seguir esse campo, mas não sabe qual especialização escolher. Hoje,  o dr. Fernando Hideo Fukuda fala das vantagens de estudar  Engenharia de Controle e Automação.  O curso foi lançado recentemente e está no terceiro período do ciclo básico, é uma novidade promissora. Aí vão suas dicas!

1) Qual a duração do curso e a média salarial do profissional formado?
O curso dura 5 anos. Os salários variam bastante, o profissional formado pode ganhar de R$ 1.500,00 a R$ 8.500,00.

2) Em que áreas pode atuar?
O Curso de Engenharia de Controle e Automação da Universidade Estácio de Sá tem como objetivo geral a empregabilidade de seus alunos, formando profissionais generalistas capazes de atuar com destaque em grandes empresas dos setores público e privado, instituições financeiras e importantes áreas e empresas do setor público, oferecendo uma sólida formação teórica e prática capacitando-os para atuar crítica e criativamente sobre as questões fundamentais da Engenharia de Controle e Automação, norteada por valores éticos e sociais, traços fundamentais para a formação de profissional competente, reflexivo e responsável. É também objetivo do curso, preparar profissionais que: 
(1) possam desenvolver competências e habilidades dentro da base tecnológica da Engenharia de Controle e Automação, consubstanciadas em suas sub-áreas, conforme discorrido anteriormente; 
(2) sejam capazes de desempenhar as suas atividades dentro do que é preconizado pela legislação educacional e, em consonância, com as necessidades da sociedade; 
(3) atendam ao perfil geral e específico esperado para o profissional formado pela Universidade Estácio de Sá.
(4) estejam sintonizados com o que ocorre local, regional e nacionalmente com responsabilidade sócio-ambiental, visando a sustentabilidade.  Para tal, o curso prepara seus alunos para participar das atividades de projeto, implantação e manutenção de sistemas.  A Engenharia de Controle e Automação, em sua essência, é responsável pela integração de processos produtivos, permitindo a perfeita coordenação de tarefas de responsabilidades técnica e administrativa. Desta forma, é, por excelência, um curso de engenharia multidisciplinar que por sua essência viabiliza a atuação em diversos segmentos: produção,administração, finanças, entre outros.

3) Qual o perfil do profissional?
O objetivo é formar profissionais com conhecimentos tecnológicos e científicos na identificação, formulação, proposição e resolução de problemas de Engenharia de Controle e Automação;  capacitados a elaborar, executar e administrar projetos e sistemas na área do engenheiro de controle e automação. A ideia é demonstrar a importância de e como integrar e atuar em equipes multidisciplinares; Incentivar a execução de pesquisas tecnológicas e científicas com vistas à evolução dos conhecimentos e ao desenvolvimento de novas tecnologias. É muito importante formar profissionais com competência para identificar e analisar criticamente as influências das decisões técnicas no meio ambiente; desenvolver as habilidades para avaliar e aprimorar a integração técnico-científica, ecológica e cultural de conhecimentos e projetos da área da tecnologia da informação e automação com áreas afins; apresentar a importância de aplicar atitude investigativa favorável ao próprio processo contínuo de construção de conhecimentos; formar profissionais capacitados a desenvolver consciência ética, responsável e com cunho social, em suas atividades profissionais. Ao final do curso, os alunos deverão estar aptos a: Desenvolver atividade investigativa no processo contínuo de conhecimentos na área e de desenvolvimento de novas tecnologias; Executar e gerenciar operações técnico-administrativas em empresas de Engenharia de Controle e Automação; Elaborar e administrar projetos e sistemas; Aplicar conhecimentos tecnológicos e científicos na identificação, formulação, proposição e resolução de problemas de Engenharia de Controle e Automação; Identificar e analisar criticamente as influências das decisões técnicas no meio ambiente. Queremos formar um profissional capaz de tomar decisões num ambiente de incerteza e integrar criativamente equipes interdisciplinares.

4) O mercado está atrativo, numa boa fase? Por que?
Sim. A automação está presente em diversos setores e com o mercado globalizado as empresas procuram aumentar a sua competitividade com a automação dos seus processos e plantas industriais. Com o mercado nacional relativamente aquecido em relação ao mercado de países desenvolvidos e a consequente melhora do poder aquisitivo do mercado consumidor interno, muitas empresas estão investindo em automação industrial para aumentar a sua capacidade de produção e/ou reduzir os seus custos de produção e por sua vez há uma demanda maior por profissionais formados em Engenharia de Controle e Automação.

6) Que diferencial o curso da Estácio oferece em relação aos demais?
Os cursos da Estácio formam os alunos para o mercado profissional, permitem que um aluno, caso precise, mude de um Campus para outro em função de oportunidades de emprego ou motivos pessoais sem serem prejudicados porque segue o mesmo Modelo de Ensino em âmbito Nacional. Os cursos, em geral, são oferecidos em mais de um Campus, permitindo que o aluno escolha o Campus mais próximo do seu local de trabalho ou da sua residência, conforme a sua conveniência. Os alunos encontram à sua disposição os produtos, as tecnologias e as ferramentas utilizados no mercado profissional com excelente corpo docente permitindo que os egressos estejam preparados para o mercado e com isso tenham maiores oportunidades de empregabilidade. A Estácio oferece os seus cursos no turno noturno o que permite aos alunos manterem seus empregos. Os novos alunos ganham o material didático em um tablet.

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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Nos Prazeres, O DIA debate a Educação pós-UPP

Evento, 2º da série ‘Rio, Cidade Sem Fronteiras’, juntará líderes comunitários, prefeitura, Educafro e Observatório de Favelas.

A creche da comunidade e o Casarão dos Prazeres (ao fundo) | Foto: João Laet / Agência O Dia

POR ANDRÉ BALOCCO

Rio -  Como atender o aumento da demanda nas escolas após o fim do poder do tráfico? As crianças das comunidades precisam de educação diferenciada? Pensando em ajudar a derrubar as fronteiras na inclusão pós-pacificação, O DIA e o Meia Hora, editados pela Ejesa, realizam hoje, no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, a segunda edição do seminário ‘Rio, Cidade sem Fronteiras’. Cinco lideranças com experiência no assunto terão 15 minutos cada para mostrar suas ideias, mediadas pelo editor-chefe Aziz Filho, que depois abrirá o debate para perguntas. Charles Siqueira aposta na prática. Há 11 anos no morro, já deu aulas de dança, criou o Galera.com, que cria documentários e animações, e infla o Prazeres Tour, grupo de jovens que recepciona turistas em visita ao morro via empresas de turismo.

“Favelas cariocas são territórios desconhecidos de grande parte dos pensadores tradicionais”, diz.

“O evento é de importância vital para isso”.
A seu lado na mesa, uma das ‘crias’ do morro. Jacson Lima, 22 anos, trabalha na Fundação Darcy Ribeiro, é ator, um dos criadores da animação ‘Qual é, uma aventura no Morro dos Prazeres’ e sonha entrar na Faculdade de Relações Internacionais este ano. “Um evento como este ajuda a nos tornarmos o que podemos ser. É a educação que abre todas as portas”, diz.

SUPERAR BARREIRAS
Outro expoente será Frei David, da Educafro, instituição que cuida dos interesses de negros, indígenas e pobres no acesso a universidades. “Iniciativas como esta ajudam a aumentar o interesse da juventude das favelas pelo ensino superior”, diz o frade, há 30 anos militando na causa. Além deles, estarão na mesa André Ramos, gerente do projeto Escolas do Amanhã, da Prefeitura, que cuida da educação em comunidades sob situação de violência, e Mário Pires, do Observatório das Favelas. “A superação das desigualdades só é possível se a educação for capaz de dar conta da diversidade”, diz Mário.
PALESTRANTES

CHARLES SIQUEIRA - Ativista cultural da comunidade
Coordenador, desde 2002, de ações para o desenvolvimento de favelas cariocas, entre eles Premier Skills, ReciclAção e Galera.com

MÁRIO PIRES - Membro do Observatório de Favelas
Geógrafo, membro da coordenação do Observatório de Favelas, professor da rede municipal do Rio, especialista em favelas, educação e juventude

JACSON LIMA Do Galera.com e morador da comunidade
Trabalha na Fundação Darcy Ribeiro e quer cursar Relações Internacionais. Vive na comunidade e é um dos destaques do Galera.com

ANDRÉ RAMOS - Secretaria de Educação do Rio
Gerente do projeto Escolas do Amanhã, que atua em comunidades com histórico de violência e em áreas pacificadas

FREI DAVID - Frade que atua no acesso ao 3º grau de negros
Diretor-executivo do Educafro, franciscano da Ordem dos Frades Menores, assessora a inclusão no ensino superior


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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Leitura dinâmica ajuda na corrida contra o tempo

Método promete reduzir o tempo gasto com estudos e ainda melhorar a compreensão.

Em busca da aprovação, Fernanda Guimarães, 30 anos, complementa as aulas num curso especializado em concurso com o de leitura dinâmica | Foto: Divulgação

Rio -  Uma das tarefas mais difíceis na vida dos candidatos é conseguir tempo para ler todos os textos e fazer todos os exercícios necessários para se preparar para as provas. Em busca de otimização do tempo, muitos candidatos têm aderido à técnica da leitura dinâmica, que promete aumentar em até seis vezes a velocidade de leitura, sem prejudicar a compreensão. Sem usar o método, uma pessoa normal lê, aproximadamente, de 70 a 270 palavras por minuto. Na média nacional, essa velocidade é de 171 palavras por minuto. De acordo com Juarez Lopes, autor do livro ‘Como Ler Mil Palavras por Minuto’ e diretor do Instituto de Otimização da Mente (IOM), com treinamento de 30 dias em leitura dinâmica, é possível aumentar a velocidade para até mil palavras por minuto, com boa compreensão.

A técnica consiste, basicamente, em ler blocos de texto em vez de palavras. “O leitor tradicional lê de forma sublocalizada, ou seja, a percepção de seus olhos é acompanhada por uma voz mental que repete sílaba por sílaba o que ele vai lendo. O leitor dinâmico, ao contrário, lê blocos de palavras de uma só vez, como se fossem um símbolo gráfico usado para representá-las”, explica o especialista.

A compreensão, segundo Lopes, não é prejudicada com a leitura dinâmica, e o método pode ser usado em todos os textos, inclusive os mais técnicos. “Textos complexos precisam de mais atenção, e a leitura dinâmica ajuda nesse ponto”, argumenta.

Para neurologista, ler depressa só ajuda na revisão
Segundo Juarez Lopes, a técnica pode ajudar os candidatos tanto na hora dos estudos quanto no momento da prova. “Além de possibilitar aos candidatos estudarem todo o conteúdo, com mais qualidade e em menos tempo, a leitura dinâmica permite, ainda, que sobre tempo para o aluno fazer uma revisão”, alega o especialista. Já durante a prova, o leitor dinâmico sai na frente dos outros concorrentes por ter desenvolvido a habilidade de ler a prova em menos tempo. “Muitos candidatos, leitores tradicionais, não conseguem nem concluir a prova por falta de tempo”, afirma Lopes.

Soniza Leon, neurologista do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), acredita, porém, que a leitura dinâmica pode comprometer o conteúdo do texto e, por isso, deve ser usada apenas no momento da revisão.

“O que se ganha em velocidade, pode ser perdido na compreensão. Quando o estudante precisa conhecer profundamente aquele conteúdo, o ideal é que estude da maneira convencional. Na revisão, porém, a leitura dinâmica pode ser eficiente, pois ajuda a recordar dados que já foram estudados”, defende.
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domingo, 13 de janeiro de 2013

Talentos desperdiçados


Cerca de 5% das crianças e dos adolescentes brasileiros são superdotados. Por que o País tem tanta dificuldade para identificar e desenvolver esses pequenos gênios, que acabam indo para o Exterior.

MENINO PRODÍGIO 
 Matheus Camacho conquistou o ouro na Olimpíada Internacional e Ciencias, superando estudantes mais velhos, e chamou a atenção do júri, ao conquistar a nota máxima.

Rachel Costa e Natália Martino.

Matheus Camacho é brasileiro, estudante do nono ano e medalha de ouro na etapa experimental da Olimpíada Internacional de Ciências, uma das competições científicas estudantis mais difíceis do mundo. A sua conquista só foi revelada publicamente na semana passada. Do alto de seus 14 anos recém-completados, o tímido aluno que ainda nem terminou o ensino fundamental foi ao Irã no mês passado. Enfrentou adversários do mundo inteiro, a grande maioria garotos mais velhos do ensino médio, e voltou para casa com uma conquista inédita para o País: o primeiro lugar em uma das etapas mais difíceis da Olimpíada. Na competição que venceu, ele e seus dois companheiros tiveram de resolver problemas práticos de biologia, física e química, disciplinas que ele viu pela primeira vez no ano passado, em aulas especiais no contraturno, já que elas não constam na grade do ensino fundamental. Além do pódio, a equipe de Matheus conseguiu outro feito: tirou nota máxima na prova, chamando a atenção até mesmo do júri. Habituado a encontrar indianos, chineses e russos, mas não brasileiros, entre os primeiros lugares, o locutor não se conteve ao anunciar o título: “Olha, o Brasil não é bom só no futebol”, brincou. A surpresa se justifica. Apesar de querer ser grande, falta ao País uma política sólida para a valorização de talentos – coisa que outros emergentes como China e Índia, com seus tropeços e acertos, têm se empenhado mais em desenvolver. É certo que o grande desafio nacional dos últimos 15 anos foi universalizar a educação, esforço inegavelmente necessário, mas que teve como ônus desnecessário a negligência com os alunos com altas habilidades.


Entre nossas crianças e nossos adolescentes, se usada a base de cálculo sugerida pelo americano Joseph Renzulli, uma sumidade nas pesquisas de superdotação, teríamos cerca de 3,15 milhões de brasileiros com altas habilidades. O número equivale a 5% da população infanto-juvenil. “Essa é a percentagem mais usada, embora haja outros sistemas de identificação possíveis que levam a outros percentuais”, afirma o pesquisador, diretor do Centro Nacional de Pesquisa em Superdotados e Talentosos da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos. Mas, se pela régua de Renzulli estamos falando em milhões, nos dados do Ministério da Educação (MEC) o número de superdotados nas escolas não passa de 11 mil, de acordo com o Censo de 2011. Onde estariam, então, nossas crianças e nossos adolescentes com altas habilidades? “Na própria escola, mas não há quem as identifique”, diz Susana Barrera Pérez, presidente do Conselho Brasileiro para a Superdotação e uma das poucas referências sobre o tema no País. “Não há uma só linha de pesquisa sobre o assunto nas universidades brasileiras e o tema passa batido para os alunos de graduação, que serão os futuros educadores. Sem formação adequada, como eles vão saber identificar esses alunos?” No ensino superior, a única instituição a oferecer uma cadeira sobre superdotação a seus futuros educadores é a Universidade de Brasília (UnB) e, em todo o País, há apenas 13 doutores dedicados ao assunto, incluindo Susana. Nos Estados Unidos, país com maior número de prêmios Nobel, são 29 Estados com programas de mestrado e, em pelo menos 21 Estados há linhas de pesquisa no doutorado voltadas para a superdotação, segundo o último relatório da Associação Americana para Crianças Superdotadas.



Sem conhecimento adequado, proliferam mitos e preconceitos sobre as crianças com altas habilidades dentro das escolas brasileiras. Um deles é o de que esses meninos e meninas são casos raríssimos de prodígios ou gênios com grande conhecimento acadêmico – o que não é necessariamente verdade. Nas quase duas décadas em que trabalha com o tema, Susana se acostumou a ouvir em suas palestras professores dizendo que não possuíam alunos com altas habilidades. “Trabalho na periferia, isso é coisa de escola particular”, costumam bradar os educadores. “Com duas horas de palestra, porém, eles já mudam de opinião e conseguem se lembrar de estudantes com altas habilidades.” Para tentar corrigir esse problema, o MEC iniciou em 2008 um tímido projeto de criação dos Núcleos de Atividades de Altas Habilidades (NAAHs), que deveriam servir como centros para reunir e desenvolver nossos pequenos talentos. Cinco anos depois, porém, além de poucos (são apenas 27 centros, restritos às capitais), vários desses núcleos não estão nem em funcionamento, como atestou Susana ao fazer um estudo sobre os NAAHs. “E a dificuldade para capturar os talentos não é exclusiva à rede pública. Ocorre também na rede privada.” Para ser brilhante no Brasil, mais que ter altas habilidades, é preciso ter sorte.

Simone Camacho, mãe de Matheus, reconhece que se seu filho hoje está satisfeito com suas conquistas foi por uma feliz conjunção de fatores. Uma professora mais dedicada na infância, a sorte de encontrar uma psicóloga especializada em altas habilidades quando suspeitou que o menino estava deprimido, um vizinho que também tinha altas habilidades e um professor que passou a atuar como guia de Matheus nos estudos. Nem todos, porém, contam com essa sorte e por isso é preciso existir uma política pública nacional para encontrar esses jovens talentos. “Talvez, os alunos que estejam em situação mais desconfortável na escola hoje sejam os talentosos, em especial na rede pública”, diz Ricardo Madeira, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP). “Sem estímulo, eles se sentem perdidos”, afirma Madeira, que no último ano divulgou um estudo mostrando que só de mudar esses pequenos talentos de escola – dando-lhes a oportunidade de estudar em instituições de melhor qualidade – o potencial de aprendizagem deslancha.


O professor da USP comparou estudantes do sétimo ano da rede pública “fisgados” pelo Instituto Social para Motivar, Apoiar e Reconhecer Talentos (Ismart) com seus pares. Enquanto os primeiros foram para colégios melhores, os demais seguiram nas mesmas instituições. Após dois anos, a média daqueles que haviam mudado estava muito maior. Marco Antônio Pedroso, 21 anos, foi para o programa em 2005, após conquistar um ouro na Olimpíada Paulista de Matemática. A oportunidade representou uma guinada para o menino, que, em um colégio melhor, se sentiu desafiado. “Antes eu só tirava 10, mas estava acomodado”, afirma. A dose de ânimo fez Pedroso ganhar outros prêmios olímpicos e criar, ele próprio, com a ajuda do irmão mais novo, um projeto para formar outros medalhistas em sua cidade natal, Santa Isabel, a 60 quilômetros de São Paulo. “Queria que os alunos soubessem das olimpíadas para que elas os ajudassem da mesma forma como me ajudaram”, diz. Desde junho de 2010, Pedroso acompanha de longe o projeto que criou. Nos Estados Unidos o jovem agora dedica seu tempo às aulas do Massachusetts Institute of Technology (MIT).


“A educação inclusiva está falhando ao excluir esses alunos com altas habilidades”, diz Ângela Virgolim, referência brasileira quando o assunto é superdotação e professora do departamento de psicologia escolar e desenvolvimento da UnB. Do mesmo modo que as crianças com déficit, as altamente talentosas estão incluídas no capítulo da educação especial do sistema educativo brasileiro. A razão é porque nos dois extremos deve-se ter atenção extra para ajudar os estudantes a se desenvolver de forma saudável. O que ocorre na realidade das escolas, porém, passa longe do previsto. “Ao contrário da deficiência, na alta habilidade não existe uma marca física, o que torna mais difícil definir quem são esses estudantes”, diz Susana. Somem-se a isso os mitos que acompanham os alunos com altas habilidades. “O pior deles é aquele que diz que o superdotado não precisa de ajuda porque vai cumprir tudo por sua conta”, disse à ISTOÉ Ella Cosmovici, autora de “Nossas Crianças Superdotadas” (2011) e professora da Universidade de Stavanger, na Noruega. Abandonado pelo sistema, é comum esse aluno não saber que caminho percorrer, como aconteceu com Leonardo Florentino, 14 anos. “Eu não gostava da aula porque era tudo muito básico. Aí os professores me mandavam ir estudar sozinho na biblioteca”, diz. O conflito com a escola só terminou no terceiro ano, quando ele conseguiu uma bolsa em outra instituição, repleta de aulas extras na grade curricular, e começou a acumular troféus em campeonatos de conhecimento. Em casa, coleciona medalhas de matemática, física, química, astronomia, robótica e redação.

Em muitos casos, a reclamação da aula enfadonha poderia ser resolvida com uma atitude simples: avançar a criança para o ano seguinte. “No Brasil, porém, a aceleração ainda é um tema bastante polêmico, embora em outros países seja muito claro que a criança deve ser acelerada quando necessário”, afirma a professora Ângela, da UnB. A advogada Cláudia Hakim, 41 anos, conhece bem de perto esse drama. Seus dois filhos, uma menina de 11 anos e um menino de 8, têm superdotação e a sugestão para que fossem avançados de turma foi feita por um psicopedagogo que os avaliou após a coordenadora pedagógica do colégio perceber o desenvolvimento acelerado das crianças. A dificuldade, porém, veio de cima, da diretoria de ensino, órgão ligado à Secretaria Estadual de Educação de São Paulo. No caso da menina, a batalha já está resolvida e a matrícula legalizada. Já o menino se mantém na turma avançada por uma liminar judicial. Os problemas consecutivos tornaram a mãe uma militante da causa. Só no último ano, Cláudia advogou para 15 famílias em situação semelhante. “É direito nosso e temos de lutar por ele”, diz. O nó quando se fala em aceleração não está na lei, mas sim no sistema educacional. “Nossas escolas não contam com a figura do psicológo educacional, que é o profissional que vai comparar o desempenho acadêmico com a maturidade emocional e dar o parecer sobre a possibilidade de a criança acompanhar as aulas com alunos mais velhos”, diz a professora Ângela.


Negligenciar o desenvolvimento desses talentos não é prejudicial apenas para eles. Ao agir dessa forma, o País perde, no mínimo, boas oportunidades. “Crianças com altas habilidades são um precioso recurso nacional que precisa ser protegido, nutrido e desenvolvido”, disse à ISTOÉ Steven Pffeifer, professor da Universidade Estadual da Flórida e autor do “Manual para Superdotação em Crianças” (2009). Pffeifer é autor de um teste para identificar superdotados, bem popular entre colégios americanos. Sem investir em programas para altas habilidades, esse recurso se esvai. “Perdem-se líderes, invenções, profissionais com potencial para se tornar nomes de destaque em diversas áreas do conhecimento”, afirma o brasileiro Nielsen Pereira, docente da Universidade de Kentucky, nos Estados Unidos, ele próprio um pesquisador que saiu do País para desenvolver suas pesquisas.



O resultado é que seja no futebol, seja na academia ou nas artes, os brasileiros com altas habilidades geralmente têm o mesmo destino: o Exterior. Só na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, o número de estudantes do País subiu 20% entre 2007 e 2011. Um deles é Gabriel Guimarães, 19 anos, recém-admitido pela instituição. A decisão de buscar formação fora foi tomada há quatro anos e veio depois de seguidas frustrações no sistema de ensino brasileiro. O primeiro contato com a universidade americana foi por meio de um de seus cursos online, no fim do ensino médio. Enquanto a maior parte dos alunos levou quatro meses para assistir a todas as aulas virtuais, Guimarães viu tudo em três semanas. Quando fez a aplicação para Harvard, não deu outra: foi selecionado. A aplicação é apenas uma das formas que essas instituições mantêm para conseguir as melhores cabeças. “Nas olimpíadas acadêmicas internacionais sempre há ‘olheiros’ das grandes universidades. Quando o aluno desce do pódio, eles já entregam o cartão convidando-o a conhecer a instituição”, diz o professor de física Ronaldo Fogo, responsável pelas turmas olímpicas de física do Colégio Objetivo de São Paulo. Fogo foi quem ajudou Matheus Camacho a se encontrar no universo das ciências. Acostumado a lidar com alunos olímpicos, o professor sabe que o futuro que espera Matheus, assim como tantos outros de seus alunos, está nas universidades internacionais. “O Brasil está perdendo o bonde da história por essa dificuldade de identificar, desenvolver e reter nossos talentos.”

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13 de janeiro de 1941: Literatura dá adeus a James Joyce, o poeta irlandês expatriado

Enviado por: Lucyanne Mano.

" Os erros são os portais do descobrimento". James Joyce.


O escritor James Joyce, 58 anos, morreu de úlcera duodenal perfurada e peritonite generalizada, durante uma operação para salvar sua vida. Está enterrado no Cemitério de Fluntern, em Zurique, na Suíça. Considerado um dos maiores escritores da língua inglesa do século XX, James Augustine Aloysius Joyce nasceu em Dublin, na Irlanda no dia 2 de fevereiro de 1882, numa família católica e rica. Educado em colégio de jesuítas, em 1902, foi para Paris estudar medicina, curso que abandonou meses depois. Retornou à Irlanda em 1903, mas, no ano seguinte, mudou-se para Trieste, na Itália, onde fez amizade com o escritor Italo Svevo. Com a guerra, refugiou-se em Zurique, na Suíça, até voltar a Paris em 1920, com breve passagem pela Itália.

A vida de andarilho não impediu a produção literária do escritor. A publicação de seu primeiro ensaio, Ibsen´s New Drama (1900) despertou o interesse da crítica. Depois da estréia, lançou vários livros, entre eles Chamber Music (1907), Dubliners (1914), Giacomo Joyce (1916), Portrait of the Artist as a Young Man (1916) e seu último livro Finnegans Wake (1939). Seu principal trabalho, no entanto, estava reservado para a obra Ulysses (1922): o livro é o relato de apenas um dia, 16 de junho de 1904, na vida de dois personagens principais, Leopold Bloom e Stephen Dedalus, que perambulam pelas ruas e tabernas de Dublin.

No fim da vida, devido a problemas de saúde e à invasão de Paris pelos nazistas alemães, em 1940, James Joyce voltou a se exilar em Zurique, onde acabou morrendo, dono de vasta obra literária.

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sábado, 12 de janeiro de 2013

Faetec abre mais de 100 mil vagas em cursos profissionalizantes


colunadoleitor.folhadirigida.com.br/Divulgação.
Jornal do Brasil

Na próxima terça-feira (15), começam as inscrições para 114.606 vagas de Formação Inicial e Continuada (FIC) da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), vinculada à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro. Todos os cursos são gratuitos e os interessados têm até o dia 30 de janeiro para se candidatarem a uma das oportunidades no site da Fundação (www.faetec.rj.gov.br) no link “Inscrições para os cursos FIC de Qualificação Profissional”.  

São 94.874 vagas em cursos de capacitação profissional, com oportunidades em diferentes áreas de atuação. Só para a Construção Civil são 8.184 oportunidades. Na área de Informática são 4.929. A Rede ainda contempla as áreas de Moda, Beleza, Hotelaria, entre outras. Para quem tem interesse em atividades artístico-culturais ou físico-esportivas, a Fundação oferece 19.467 oportunidades. Os candidatos podem encontrar uma escola da Fundação em diversos municípios do Estado.

O destaque dessa primeira rodada são os cursos com foco nos setores estratégicos para atender os grandes eventos internacionais que o Estado irá sediar, como a Jornada Mundial da Juventude em julho deste ano, a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas de 2016. Cursos de Idiomas e na área de Hospitalidade e Lazer, por exemplo, somam 26.859.

O secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Gustavo Tutuca, destaca a atenção do Estado em formar profissionais para atender as demandas da sociedade e da economia Fluminense. "Com o desenvolvimento econômico do Rio de Janeiro, é cada vez mais urgente oferecer oportunidades que acompanhem esse crescimento. A Faetec, mais uma vez, cumpre seu papel trazendo essas oportunidades para a população", ressalta o secretário.

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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

10 de janeiro de 1912: O bombardeio da Cidade de Salvador

Enviado por: Lucyanne Mano


As 14h do dia 10 de janeiro de 1912 teve início o bombardeiro à cidade de Salvador. Em poucos minutos estavam destruídos a histórica Sede do Governo, a também centenária Biblioteca Pública, a Câmara e o Quartel da Polícia Militar. Em sequência, travou-se uma verdadeira guerra campal, envolvendo as polícias estaduais e o exército. O episódio teve repercussão nacional e fez parte de uma série de lutas políticas entre as oligarquias provincianas que marcaram os primeiros anos da República Velha, quando o país vivia um sistema eleitoral viciado.

A investida de Tropas do Exército concentradas no Forte de São Marcelo num bombardeio a Salvador para provocar a renúncia do governador baiano, Aurélio Viana foi resultado de um plano que contou com o apoio da mídia e, inclusive, com a intervenção do governo federal, que buscava instaurar ali lideranças aliadas. A renúncia de Viana acontece em questão de horas. Seu substituto é José Joaquim Seabra, que conta com o apoio do presidente Hermes da Fonseca, adversário de Ruy Barbosa nas urnas. Poucos dias depois, uma tentativa de Viana retomar ao posto fracassa, sufocada inclusive pela participação popular.

O atentado comprometeu grande parte da memória do estado da Bahia ao destruir uma documentação histórica preciosa da primeira capital do Brasil. Da mesma forma, foram irreparáveis os danos humanos, e até hoje é desconhecido o número de vítimas. Para a política baiana era o início de uma nova era, sob a liderança de José Joaquim Seabra, derrotando antigos mandantes conservadores como Ruy Barbosa, Severino Vieira, Marcelino de Souza e Luiz Vianna.

O Bombardeio de Salvador Cláudio Marques 

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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O Tear de Penélope

Guerra de Troia.


Durante dez anos, gregos e troianos se enfrentaram na mais famosa guerra da História. Entre os líderes gregos, um se destacou por sua astúcia e uso de uma estratégia que pôs fim à guerra, dando a tão arduamente conquistada vitória aos gregos: Ulisses, ou Odisseu, rei de Ítaca. Foi ele quem teve a ideia de construir um gigantesco cavalo de madeira e postá-lo à porta da cidade como uma oferenda aos deuses e como um sinal de rendição dos gregos. Os troianos acreditaram e aceitaram o "presente". Foi um erro fatal. Dentro do cavalo de madeira estavam Ulisses e seus soldados, que aproveitaram o estado de embriaguês dos troianos depois da comemoração pela suposta vitória, desceram do cavalo, abriram o portão da cidade, destruíram e queimaram Troia, matando os seus habitantes e levando outros como escravos.


Embriagado pela fama e cheio de soberba, Ulisses desafiou e ofendeu os deuses, tomando para si toda a glória pela vitória... Posseidon não gostou nem um pouco e, por dez anos, fez com que ele navegasse sem rumo pelos mares, enfrentando toda sorte de perigos e desafios. Enquanto isto, em Ítaca, sua esposa Penélope enfrentava uma difícil situação: estava sendo pressionada a escolher um dos muitos pretendentes que invadiram o palácio com o intuito de conseguir o trono de Ulisses, já que todos o consideravam morto. Todos, menos a sua fiel e apaixonada esposa..., ela ainda acreditava em sua volta, mesmo tendo transcorrido vinte longos anos.

E agora era a sua vez de pensar em uma estratégia para ganhar tempo, esperando que, neste ínterim, seu amado esposo retornasse ao lar. Então propôs aos seus impertinentes pretendentes que esperassem ela terminar de tecer a mortalha para o seu sogro Laertes.


Myriam Fraga faz um paralelo entre as duas estratégias:

Há os que partem
E os que tecem,
Na urdidura das sombras
É Penélope
Mais astuta que Ulisses?

O que os pretendentes não sabiam era que Penélope tecia de dia e destecia tudo o que tinha feito à noite. Desta forma, o trabalho não progredia e ela ganhava o que queria com este estratagema: tempo.

Myriam Fraga (in As Purificações ou o Sinal do Talião) continua a narrativa em seu poema:

São pontos de um bordado
Que não cresce
Que se renova apenas
Do que tece
e destrói
Nos dedos que noturnos
Desenlaçam
O fio das meadas.


E foi usando astúcia, sabedoria e sendo guiada pelo o que era certeza para ela e incerteza para todos que ela conseguiu se manter a salvo até a volta do seu amado Ulisses. Nos pontos do tear, que teciam e nos dedos noturnos que desteciam, a história de uma mulher que ficou marcada na História como um modelo de persistência e fidelidade.

Por E-mail: Isabel Menezes


Isabel Menezes
São José do Rio Preto - SP - Brasil
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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Teatro em sala de aula contra conflitos

Em Maricá, em vez de tabu, problemas como violência doméstica, preconceito racial e bullyng são alvo de combate e discussão com técnica do teatrólogo Augusto Boal.

Ludimila, que estuda para ser professora, atua como mestre opressora na esquete ‘A Verdade Nua e Crua’. Ela não conhecia a técnica e aprovou | Foto: Fernando Silva / O Dia

Rio -  Em vez de tabu, problemas como violência doméstica, preconceito racial e bullying nas escolas viraram alvos de combate e discussão com teatro. Parceria da Prefeitura de Maricá com o Centro de Teatro do Oprimido do Rio de Janeiro (CTO) multiplica efeitos da técnica desenvolvida pelo teatrólogo Augusto Boal, recriando a realidade no ‘palco’ para, então, discuti-la e buscar soluções. O Colégio Estadual Eliziário Matta, por exemplo, fez oficina com 18 alunos, que representaram dois esquetes: ‘O Casamento’, que aborda a violência em casa, e ‘A Verdade Nua e Crua’, sobre bullying. O trabalho contou com ajuda dos monitores Gabriela Lopes, da Secretaria Municipal de Educação, e Paulo Sérgio Gonçalves, da Secretaria Municipal de Cultura, treinados no CTO. As secretarias municipais de Assistência Social, Cultura, Educação e Saúde têm calendário de oficinas do Teatro do Oprimido até o mês que vem, quando haverá apresentação de resultados.

No Eliziário Matta, as aulas incluíram exercícios, jogos e outras técnicas elaboradas por Boal. “A intenção é usar o teatro para lidar com questões como preconceitos raciais, homofobia e violência contra a mulher. Foi muito intenso todo trabalho produtivo desse grupo”, destacou Alessando Conceição, do CTO.

Divididos em dois grupos, os alunos encenaram as peças. Cenário, figurino e falas foram propostos de acordo com os princípio do Teatro do Oprimido, que prevê diálogos mais livres e com participação coletiva, no chamado teatro-fórum. A técnica serviu para a elaboração de possíveis finais para os esquetes.

“Queremos que as pessoas pensem em alternativas para o desenrolar daquela história. Incentiva a produção, interação e participação popular, além de democratizar a cultura”, destacou Paulo Sérgio. “Na sala de aula há pessoas sendo oprimidas e outras exercendo o papel de opressoras. Através das técnicas teatrais e de exercícios de interação corporal, conseguimos melhorar o comportamento dos alunos e ajudá-los a enfrentar problemas familiares que trazem reflexos à rotina escolar”, disse Gabriela.

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sábado, 5 de janeiro de 2013

Felicidade

Como diria Leminski:
-  Hoje acordei bemol.
Essas noites que me vem acontecendo são de puro e natural entorpecer. A escuridão já não me sufoca e sim me abraça. As noites dotam-se de um respeito profundo e até os móveis fecham os olhos para nem sequer ver o meu sono. O mundo acorda e eu saio para as ruas debaixo de um sol quase inteiro.  Essa calma de pensamentos, esse caminhar sem sombras, quase letárgico, me movimenta com o corpo e a alma leve.


Um pássaro canta, não, vários pássaros cantam. Deve ser bom viver pássaro. Se me for permitido um dia quero ser um. Ter os braços em forma de asas e a fala em forma de canto. Mesmo que a vida seja mais breve ainda acho que vale a pena e as penas.

O mundo acorda e me vejo diante da claridade, não apenas a claridade do dia, mas a claridade da vida e o que sinto não é nem de longe euforia. É uma paz desconhecida, uma calma sutil e inesperada, uma ausência de dor de alma – esta mesma que costumava doer de tanto doer.

Hoje acordei bemol e então fico a me perguntar: Será isso a felicidade?

Lou Witt
Felicidade 

De repente a gente para e começa a enxergar felicidade em coisas miudinhas. Canto de pássaro, som de riacho, riso de criança ... Alguém que se lembrou da gente e trouxe aquele doce... De repente a gente aprende que ser feliz é simples E é tão bom quando a gente aprende isso.

Arnalda Rabelo


Felicidade 

O primeiro olhar da janela, de manhã. O velho livro perdido e reencontrado. Rostos animados. A neve, a sucessão das estações. Jornais. O cachorro. A dialética. Tomar banho, nadar um pouco. A música antiga. Sapatos macios. Compreender. A música nova Escrever, plantar. Viajar, cantar. Ser camarada.

Bertolt Brecht



Bom dia, amigos do coração!

Bom acordar assim, com música no coração, com leveza nos passos, com um olhar mais suave..., acordar bemol! Beijos, um dia cheio dessas coisas pequenas que nos trazem felicidade! E que elas não nos passem despercebidas... Um ótimo final de semana a todos! com carinho Isabel.




Isabel Menezes
São José do Rio Preto - SP - Brasil
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A Arte do Encontro


Desde sempre as pessoas sentem necessidade de interagir com outras, de encontrar amigos, de ter sua turma, sua tribo, de serem compreendidas, aceitas, amadas. E, em um determinado momento, de encontrar “aquela” pessoa especial, com quem pretende-se compartilhar a vida, ter filhos (ou não), enfim, aquele sonho romântico de encontrar alguém que as farão “felizes para sempre”, como nos contos de fadas...


Nem sempre o final é feliz, sabemos disso, mas não cansamos de buscar..., e hoje, as possibilidades desse encontro tem se ampliado consideravelmente, assim como as possibilidades de também muitos desencontros e decepções... Comigo, apesar de todos me acharem uma pessoa convencional, as coisas nunca aconteceram assim, certinhas, dentro do padrão..., sorte, destino, insensatez ou, simplesmente, timidez..., sei lá...
        
Como me casei é uma história para lá de estranha..., até pra mim. Incompreensível até hoje..., mas aconteceu. Eu, morando numa cidadezinha do interior, cercada de montanhas que às vezes pareciam isolar-me do mundo e da realidade..., sem muito para fazer além de ler romances açucarados e escrever cartas..., modalidade jurássica pré-internet. Era assim que fazíamos amigos, através de revistas que publicavam perfis de pessoas que queriam fazer amizade ou até namorar..., eu escrevia pelo simples prazer de escrever, indistintamente, tanto para rapazes como para moças. 
         
E foi através de cartas que o conheci..., nos correspondemos durante quatro anos, nos encontramos pessoalmente duas vezes e, na terceira, casamos. Viajei milhares de quilômetros para esse encontro. Fui feliz, sofri, amei, chorei, lutei, venci. E cheguei até aqui, coração inteiro, ainda acreditando no amor.
        
E, no final, o que importa não é a maneira como o amor chega. O importante é que ele chegue..., se por cartas, telefonemas, internet, no trabalho, na escola, na balada..., em qualquer lugar, a qualquer momento... mas que esse encontro, afinal, aconteça. E que quando acontecer, tenhamos a sensibilidade de reconhecê-lo  e de saber que nada é fácil, que a magia do encontro é só o começo e que saber amar, essa sim, é a verdadeira arte.

Isabel Menezes      


Isabel Menezes 
São José do Rio Preto - SP - Brasil
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