quinta-feira, 23 de abril de 2015

"Inteiramente EU..."


Andei pensando esses dias. Pensei muito, fui além do que pude – se ir em casos assim. Reli a minha alma, me despi de qualquer preconceito. Revisitei o passado, e cheguei a conclusão (coisa não muito difícil), de que quem perdeu foi ele e quem ganhou fui eu. 

Perdeu uma pessoa que realmente o amou, de todas as formas possíveis e imagináveis. Que conhecia seu intimo e mesmo assim amava. Conhecia suas fraquezas e continuava amando. Gostava ate dos defeitos e tinha intenções sinceras de aperfeiçoa-las, porque hoje eu sei que ninguém muda, mas podemos nos moldar, para melhorar o viver em sociedade, em conjunto, em dupla, em casal, em família enfim..., viver melhor. 

Fiz minha parte, dei o melhor de mim, amei, amei muito, mas este "ser andante" não quis. Tudo bem ele tem direito total em não querer afinal. Ninguém é obrigado a amar ninguém. Concordo em tudo neste ponto. Segue-se a vida, afinal ela anda para frente, não é mesmo? Mas, quem ganhou nisso tudo fui eu. Ganhei sim! Total liberdade para falar todas as "merdas" possíveis e imagináveis, sem me sentir repreendida com aquele olhar que me fulminava. 

Livre para amar quem eu quiser (amigos, cores, sabores, filmes, musica, lugares, ate mesmo palavrões.), é..., amar! Tudo que eu quiser, sem criticas. Posso ter uma gordurinha aqui ou ali, posso andar descabelada, falar algumas coisas erradas, não escutar o telefone tocar , usar roupas coloridas e não combinadas, comer de boca aberta e escutar aquela musica ridícula (que ele julgava assim) ou o melhor, postar o que eu quiser no Facebook, e não parecer vulgar, atirada, ou alguma indireta (odiava postar algo e achar que era para ele, afinal realmente o mundo gira em torno dele (juraaa..! Isso me irritava profundamente). 

Posso ler e reler meus livros e dividir experiências com meus amigos, coisa que tentava com ele, mas certos olhares cortavam minha empolgação. Não preciso pisar em ovos, para conversar certos assuntos. Posso rir alto, escandalosamente, posso chorar de emoção ou de raiva, ser eu..., esse ser errante em constante aprendizado. Posso ser eu e isso não tem preço. 

Verdade! O "ser errante", me fez feliz. Não vamos ser hipócritas aqui mas, me questiono todos os dias, sera mesmo que eu era feliz? Será mesmo que eu atualmente ao 28 anos sei mesmo o que é ser feliz? Não sei, sei que estou me redescobrindo em muitas coisas. Amadurecendo em outras e ontem o que era tão importante, anda meio de lado. O que era difícil, me parece mais fácil e o que poderia me fazer feliz hoje não sei se faria. 

Então vou vivendo, aprendendo e descobrindo e reanalisando tudo e aos poucos vou descobrindo. Mas, de uma coisa eu tenho certeza, onde eu puder ser "EU", exatamente eu, cheia de defeitos, mas com muitas qualidades, onde eu puder explodir de amor, de alegria, de tristeza e de tantos sentimentos que fazem parte de mim, com certeza uma ponta de felicidade virá disso. E isso antecipadamente já me deixa feliz, pelo simples fato de poder ser inteiramente ”EU”

Fernanda Saraiva
www.facebook.com/fernanda.saraiva.353

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