segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O ébano que te cobre


O ébano que te cobre, 
não esconde a beleza da terra. 
Nada mais original que das raízes surgires,
como a deusa de meus versos, 
senhora de minhas palavras,
inspiração de meus rascunhos.

Sei de teus segredos, são os meus desejos por ti.
Nestas noites mulatas, de brisa calma e quieta, 
silenciosamente te cubro, aqueço teus cuidados.
Qual boca pecadora não deseja sentir teu sabor.

Picante e aromática, quero sentir-te e me deitar aqui.
Não me mande embora nunca mais, o que será de minha paz.
Me desdobro e me mostro como sou, um eterno apaixonado.
Ache um espaço no teu coração, ficarei para sempre nele.

Das noites escuras, não tenho medo, 
pois nelas te acho,
envolta na penumbra a me esperar. 
Desnuda e propícia a me chamar:
"- Venha meu amor, sou toda sua sem temor!"

Quanto tempo de espera, sobrevivi.
Achei a dona de meus carinhos que tanto preciso,
vencer os anos que me faltam, ajudar no transpor,
de universos ao teu lado, se assim o desejares.

És diva, pecadora e santa, ingênua e sapeca, maltratas e acaricia,
não me deixa olhar o caminho que me levará ao prazer divino,
impõe regras, normas e maneiras de me prender eternamente.
Confesso que tudo isso arriscaria por uma noite de amor, contigo...

Gerson Araujo Almeida

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