Sempre a pedir que eu te conte de mim.
No mínimo, o máximo que posso dizer
é que aos poucos, sempre te dou um pouco de mim.
Lembranças da infância que povoam minha mente
e que tem gosto de doce-de-leite.
Sei que o passado nunca voltará
e há quanto tempo não dou gargalhadas.
Da adolescência cheias de grandes idéias
e ousadias.
Momento de transição em que sou uma cidade azul,
desvendando quase de verdade que o mundo,
não é nada cor-de-rosa.
Povoado de diferentes e estranhos acontecimentos,
onde há o "Senhor dos Sonhos" que determina horários e senhas,
e a gente precisa aproveitar o roteiro.
Cantar e dançar conforme a música.
Matar ou morrer.
Cometer um deslize ao quebrar o ritmo da trama.
Em reflexões confusas ora sou menina ora sou mulher,
misturando sonho e realidade e que às vezes,
nem suporta mais ficar assim, ligada o dia todo.
Sempre me pede que conte algo de mim.
Lembranças do passado, dos meus sonhos e desejos no presente,
que são tantos e talvez quase nada, mas do futuro, não sei...
Vejo como uma caixinha de surpresa ou a caixa de Pandora...
Dela não vou te falar:
"- Não sei!".
Relth Ivone
www.facebook.com/relthivone
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