Aos idos sonhos do poeta que eternizou nas palavras escritas seus sentimentos.
Vou-me embora prá Pasárgada!
Seria seu sonho de liberdade da alma,
da dor no peito, do amor perdido,
das noites vazias que o deixaram tão triste ao se ver observando o horizonte?
Ontem, hoje e amanhã, todos os poetas vão sonhar com Pasárgada.
Vão querer uma rainha louca, novos conceitos e serem amigos do rei.
Sonhar com a infância e novos amores.
Eternizar seu sentimentos com momentos consequentes e inconsequentes.
Vão querer acolhimento e um abraço apertado.
Quando a noite chegar,
o peito doer, o coração bater e a saudade apertar.
Tentar explicar o inexplicável e pensar:
"-Vou-me embora prá Pasárgada!"
O tempo do nosso poeta era de uma infância de banho nos rios e mares,
de pau-de-sebo e das histórias da Rosa.
Novos tempos, novos poetas outras lembranças,
sem brincadeiras nas ruas, de uma infância da qual roubaram o sabor,
presos cresceram entre grades e janelas.
Mas vão falar do amor que habita em todos os corações.
Vou-me embora prá Pasárgada!
Lá as coisas são diferentes,
terão as mulheres que quiserem,
serão meninos, serão homens.
Poetas serão, sempre.
E quando estiverem também muito tristes ao ponto de querer morrer,
vão se lembrar de um lugar num sonho onde sempre serão amigos do Rei.
Meu tributo à Manoel Bandeira.
De Relth Ivone
www.facebook.com/relthivone
Nenhum comentário:
Postar um comentário