quarta-feira, 14 de maio de 2014

A rebeldia dos 20 anos versos a essência dos 40 anos!

Aos vinte anos eu fui fúria, turbulência e conseqüencia, já aos quarenta eu sou calmaria, sabedoria e sensatez.

Aos vinte anos...
Cometia erros e nem me preocupava com o impacto deles, nem a mim, nem tão pouco aos outros, eu não era adulta, mas também não era adolescente, mas era inconseqüente. Eu soltava palavras e nem me preocupava com o estrago que elas causariam, eu impedia minhas lagrimas de cair, e para aliviar descontava a minha fúria em alguém ou algo. Eu não sabia perdoar e me julgava forte por isso, eu não sabia admitir que estivesse errada e com isso seguia outro rumo e as conseqüencias eram novos erros. Eu acreditava que excesso de intimidade estragava um relacionamento. Eu tinha vergonha do fogão de lenha da minha avó, da vitrola do meu avô e dos vinis da minha mãe. Eu não sonhava com os pés no chão e às vezes esses se transformavam em fantasias.

Caramba, quantas vezes parti com vontade ficar, disse não querendo dizer sim... Mandei embora, quanto na verdade eu precisa mesmo era da companhia daquela pessoa... Falei que não significou nada, enquanto na verdade foi tudo... Oh! Rebeldia avassaladora, portanto sempre falo que nessa idade os nossos caminhos são decididos e nem sempre seguimos no rumo certo, pois às vezes colocamos pontos finais, onde na verdade era para se iniciar um novo capitulo, como também, continuamos historias que nunca deveriam ter passado da primeira pagina.

Um dia fiz quarenta anos, e...
Cada passo tem seu impacto analisado, não só para mim, mas também aos que amo, sou mulher, sou pé no chão e sou ponderada. Eu aprendi que se não for falar algo para ajudar, eu contribuo muito mais com o meu silêncio. Se meu coração dói, minha alma grita e sinto vontade de chorar... Choro e muito, até alivia a minha própria dor. Hoje sou forte, porque sei perdoar a mim mesma e as pessoas, quando alguém me magoa não significa que ela não me ama, quando cometo um erro, eu arrumo a bagunça que ele causou e sigo em frente, se for necessário pegar outra direção, é por que é o certo e não uma fuga. Hoje quando mais intima de uma pessoa melhor é o meu relacionamento com ela e se me tornei intima dela é porque confio nessa pessoa. Ah! Como eu queria ter um fogão de lenha na minha casa, queria muito ter herdado a antiga vitrola do meu avô e hoje ganhei o dia porque minha mãe me deu todos os seus vinis (rsrsrs... ). Foi essa a inspiração para escrever esse texto!




E se tem uma coisa que eu nunca deixei de fazer é sonhar e sonhar muito, mas com meus pés no chão assim eu sempre vou poder me impulsionar a alcançar esses sonhos. Acho que viver é isso, é seguir a seqüência da vida e sugar dela todo aprendizado. Nascemos, engatinhamos, aprendemos a andar, a falar... Mas, o que é muito prazeroso é chegar a uma determinada idade e ver que estamos evoluindo e colhendo os frutos do amadurecimento... É olhar para trás e sentir que aprender é uma arte, é sabedoria. 

A pior pobreza de um ser humano é caminhar pela vida e não se deixar moldar, passar a vida inteira fixado, parado em sua estúpida ignorância. Portando minha alma é livre, minha mente bem alimentada, meu corpo em movimento sempre e assim eu sigo o meu caminho, tendo em meu passado o meu alicerce, minha gratidão... Meu presente a minha estrutura, onde eu posso tudo, porque daqui algumas horas ele será passado... E quanto ao meu futuro estou preparada para vivê-lo a partir de amanha e não tenho medo dele, pois ainda tenho muito a aprender!

Ediene Barbosa
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