segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Naquela praia deserta...


O Sol já estava caindo no horizonte,
na areia macia você estava deitada distraída.
Senti o ímpeto de te acariciar, 
te proteger da tarde fria,
que parecia não te incomodar.
O mar apenas te observava, 
as nuvens cobriam o Sol já cansado de brilhar 
por todo um dia, se recolhia.

Me aproximei cauteloso, 
não queria te deixar assustada, 
incomodada pelos meus sentimentos aflorados,
pelos meus desejos de possuir tuas intimidades.
Me sentei o mais perto que pude 
e a te olhar, fiquei.

A tarde avançou, a noite calma chegou.
Você se levantou, arrumou seus pertences, 
ajeitou teus cabelos e olhou em volta.

Será que não viu, 
ou nem se importou com meus olhares salientes.
Com minha insistente observação em teus contorno,
corpo de desejos, curvas perigosas 
que não me pertencem.

Como me controlei naquele dia, 
suprimi desejos de euforia,
me controlei e não te abordei.

Espero voltar aquele lugar, 
aquela praia deserta novamente, te encontrar.

Gerson Araujo Almeida

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