sexta-feira, 20 de maio de 2016

Sou o andarilho que te procura.


Não me fingi de morto,
engana-se em pensar assim.
Era noite alta, não quis bater a tua porta,
te incomodar.
Preferi no desconforto da noite fria, 
ficar la fora a tua espera,
que o dia amanhecesse para poder te procurar.

Fiquei a ler teus versos a luz de lamparina 
a beira do caminho.
Queria cativar teu coração quando o tocasse.

Ainda sonho com o amor, 
sonho contigo minha paixão.
Descongela logo meu coração, 
quero que bata por ti.
Minha alma ainda ferida sofre e pede perdão.

Sou o andarilho que cansou da procura,
quero ficar em tua morada, 
nessa estrada solitária.
Ainda quero sonhar...

Gerson Araujo Almeida
(Inspirado no poema O Andarilho, de Debora Benvenuti).

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