segunda-feira, 2 de maio de 2016

Quero teu abrigo


Porque não posso abrir novas portas,
atravessar veredas, galgar muros, saltar obstáculos...?
 Acho que tenho esse direito,
não tenho que ficar atrelado ao passado...
Já me desculpei, expliquei o que houve, 
me humilhei, perdi perdão...,
de nada, ao que parece gerou solução.

Não me importo, 
não devo ficar com a consciência culpada.
Foi tudo terminado e o cal por cima jogado.
Sigamos nossos caminhos...

Meu caminho agora, 
tenho a certeza que será mais suave,
terei as sombras amenas das amendoeiras, 
dos eucaliptos o frescor, 
das roseiras o perfume.
Das águas ligeiras dos córregos, 
o que beber e me banhar,
Vou varar os roçados, capoeiras e matas fechadas, 
encontrar você..., que o abrigo me dará.
Quero muito te amar...

Gerson Araujo Almeida




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