sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Quisera poder renascer este amor...


Uvas que sorves, que tocam macios lábios. 
Gesto de sabor doce, revela luxúria de amor. 
Estes lábios me tocavam, minha pela tremia..., enrijecia.
Aquecida pela paixão, de ti vinha, afastava a solidão. 

É pura lembrança, anos que passaram. 
Loucuras que vivemos, sensações de uvas frescas.
Fruta silvestre, que nunca se esquece.

Figura já mudada, anos te foram leves.
Não retirou tua beleza, amadureceu teus sentimentos, 
tuas buscas são outras. 
Amor mais tranqüilo, vida mais comedida.

Procuras o que não tenho, mocidade se foi. 
juventude se deteve..., feneceu.
Morreu e deixou marcas, cicatrizes n'alma. 
Coração bate mais calmo, só lembranças... 

Quisera de novo poder, este amor fazer renascer. 
Tudo viver novamente, sorver tuas uvas.
Frescas e silvestres, selvagem e pura. 
Impossível loucura, novamente viver.

Gerson Araujo Almeida

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Sempre serei forte ao lembrar...


 Brisa vespertina, remete-me ao teu perfume, 
sinto o aroma que aguça. 
Que tortura..., ausência tua,
esta distância não sei vencer, 
queria aqui te ter, tuas mãos no rosto.
Um sopro de tua boca, 
 lábios molhados nos meus. 
Encostar a pele, roçar leve, 
sentir calor da carne, macia e clara. 
Bronzeada pelo Sol, meu rival.
Ele pode te tocar... 

 Horas de solidão, deparo-me com teu retrato,
teu sorriso enigmático. 
 Decifrar, tentar ouvir na mente,
 palavras que queria receber. 
Que me ama. 
Que deseja, que seu amor me inflama. 
Que queima..., já sinto bastante. 
 Sem ouvir, esta chama que me toca,
aquece-me no frio, transpira por poros. 
Imploro..., não me esqueça.

 Suportar a falta que sinto, serei forte o bastante. 
Nosso caso..., amados e amantes. 
Segredos que unem.
Corações que batem compassados,
 ritmo doce e terno. 
Cada instante dá a certeza.

Minha Deusa, estou perdido,
 feliz por causar,  dor do amor, suporte... 
A minha é maior, fere. 
 Nada que não possa resistir, 
Para te ver feliz... 

Gerson Araujo Almeida

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Confissão de um apaixonado.


Queria ele sentir novamente 
as emoções quando dizia teu nome,
poder mencionar sem se preocupar 
com o que iriam falar.
Mesmo que pedisse que não revelasse, 
acho que ele transgredirá,
e revelará a todos o amor que por ti senti.

Mas, ai vai perder a graça, 
o mistério é que os mantem despertos.
Sabe a que ele se refere, 
quando diz que adora chuva no rosto.
Quando se refresca em tuas gotas de orvalho, 
em tua garoa fria.

Perdoe, mas é tanta a vontade que tem, 
de um forte abraço, 
de um beijo morno e delicado, 
de um doce afago.

Vai tentar sonhar esta noite 
e realizar as fantasias de rapaz,
se acha capaz e disposto 
em te proporcionar aqueles sentimentos
que você não quer sentir ao se entregar a alguém, 
mas precisa te dizer:
"- Como ama você!"

Gerson Araujo Almeida

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

O Amor


Estava triste, 
falando com você melhorei,
 Ao vivo, sei que sabe como fazê-lo.
Pelo meu gosto, 
estaria sempre em momento juntinho de você, 
um pacto só,
bem grudadinhos, corpo todo.

Acha que um relacionamento (amor) 
de longe pode perdurar?
"- Acho que sim!"

Que bom, porque também acho, 
é só haver confiança mútua.

"- Nunca trai minhas amizades!"
Falo em amor e não amizade.
"- Isso só o tempo confirma! 
Nada apressado vinga!"

Acho que sente só amizade por mim,
tenho receio que comece algum 
relacionamento com alguém.
Quando uma pessoa estå livre, 
não falta quem se aproxime,
estando perto e eu estando longe 
estou em desvantagem.
Não é que tenha pressa
Talvez eu tenha falado algo que não gostou,
desculpa, sempre falo o que penso,
vou ter mais cuidado 
em expressar meus sentimentos.

Talvez tenha me apressado nas palavras, 
e isto lhe assustou.
Não é pressão, 
e nem tem porque eu fazer isto,
apenas joguei para fora 
o que estava preso dentro de mim.

Edwa Magalhães Montenegro

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

A menina inocente


Quando passa, 
chama a atenção com seu olhar de criança,
cheia de balas e doces nas mãos.
 Caminha pela ladeira afora, com pés no chão

Sobe e desce morro,
brinca, grita, foge das cenas tristes da vida.
É sonhadora, inteligente, tem corpo de boneca,
como princesa, se veste

Seu olhar, claramente inocente,
não sabe das maldades que a vida lhe rodeia.
Muitos de olho em sua beleza.
Chama a atenção serenamente.

A menina inocente nunca sequer dançou,
nunca sequer beijou, nunca amou.
Nem conheceu, ao descer e subir as ladeiras, 
um amor.

Caminhou por vários anos pelas ruas,
mas nunca percebeu que o mundo era uma escola.
Estudou pouco e se feriu mais que aprendeu.
Chorou muito mais que sorriu,
sofreu..., sofreu..., sofreu...

Com certa idade, ainda continua inocente,
não conheceu o calor dos lábios, os delírios da vida.
Sequer encantou-se com o sapo.

Se perdeu no Rio, 
coitada da menina inocente.
Sofre porque não teve quem lhe mostrasse o caminho da maldade.
Coitada da inocente menina,
Chora pelo passado que foi atropelado e atribulado.

Se ela pudesse contar os degraus da ladeira,  
as escadas que subia e descia.
Talvez não se machucasse tanto 
com a crueldade e a falsa inocência da rua.
Sobraram apenas marcas, cicatrizes em seus pés.
Pois pisou em vários espinhos.

Hoje, é uma mulher,
mas ainda continua uma menina.
Sem vida, sem amor, iludida. 
Inocente, carente e sem maldade.
No fundo brinca ainda de boneca.
Porque é inocente, uma grande menina ainda carente.

Claudia Silva Furtado

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

É com muito pesar...


Uma notícia que nunca pensei vir a dar.
Um fato impensado, 
jamais poderia imaginar receber.
Você me diz que não me ama mais.

Que me deixa livre, 
que desamarra nosso nó, 
não terei mais expectativas.

Triste, mas é a pura verdade, 
já sentia isso a muito tempo.
Esse teu afastamento era calculado, 
só não entendia, ou não entender queria.

Nunca te prometi a certeza 
de ao teu lado viver.
Sabe que me freio, 
sem querer a uma nova paixão, ter.
Foi muito bom aquele tempo, 
aquelas imagens que nunca vou esquecer.
Daqueles sentimentos puros, 
da tua entrega simples e consentida.

É com pesar que comunico 
que matou o nosso amor.

Não te culpo por isso, 
nem julgada vai ser, 
foi culpa minha não te ter.
Teria que arriscar mais, 
tentar resolver esta minha indecisão.
Não fique triste por mim, 
só quero tua felicidade enfim.
Torço por isso, desejo que seja feliz.

O amor não pode ser egoísta, tem que ser solidário,
tem que compartilhar, tem que merecer a felicidade do outro, ver.

Gerson Araujo Almeida

sábado, 2 de janeiro de 2016

Quero me cobrir de amor.


Sinto a necessidade premente, 
quero me aquecer em seus braços.
Nas noites vazias ouço tua voz ao longe, 
porque não me diz o que deseja.
Me fale dos seus desejos, 
das tuas vontades.
Posso tentar, quero permitir, 
desejo te envolver e atar, 
nossos corações solitários.

Tirar tuas dúvidas, 
olhar tuas marcas e tatuagens.

A vida te deixou isso, 
te marcou para lembrar do que foi feito contigo.
Erro ou acerto, é assim que se aprende, 
é assim que se sente ou se esquece.
Prometo curar as feridas, 
um balsamo aplicar, comemorar tua vinda...

Nada me fará mais alegre, 
mais jovial, este coração se renovará.
A idade regredirá, 
joviais iremos permanecer o tempo que for preciso.

"- Basta que me cubra de amor!"

Gerson Araujo Almeida