segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Noite quente...


Na qual, tivemos nosso caso de amor.
Saudosa das noites de outrora,
quando mal pudemos nos tocar,
desejosa vieste a me procurar.
Lânguida e carente, você se apresentou.
No calor da noite, ardente, me amou.

Iluminou nossa alcova,
apaguei a luz...,  o abajur somente testemunhou.
Pediu-me sussurrante, que te pegasse no colo,
que te levasse para o quarto.

Deitou-se e se entregou a luxúria.
Esparramou-se na cama, delicadamente e nua.
Minhas fronhas lembraram o sentir de teus cabelos.
Meus lençóis, ainda guardavam o teu perfume em segredo.
Reclamavam a tua presença.
Meu quarto, meu paraíso do prazer terreno, sorriu.

Antes do coito afoito que realizamos,
com minhas mãos te fiz delirar.
Explorarei tuas planícies.
Meu corpo, tua sela, montaste em mim.
Cavalgaste pela noite afora.

Pudeste gritar, gemer..., ninguém iria escutar.
Fazer-te delirar, teu cio aplaquei.
Minha adorada felina, me realizei.
Desperto em você, minha musa, tuas vontades.
Que homem de sorte, sou.
Nosso ato de amor,
nossas silhuetas denunciaram.
Só a penumbra foi testemunha.
Entreguei-me ao desejo teu completamente.

Repleto de vida quero sugá-los
Deixe-me sorver teus seios.
Maravilhas da criação..., divina visão.
Perfeitos e simétricos, macios e quentes.

Desfrutar o teu calor o teu amor.
Faça-me sentir que mereço viver.
Preencha minha noite solitária, meu amor.

Gerson Araujo Almeida

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