segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Queima-me, purifica-me..., ama-me.


És fogo que me queima, mulher. 
Quando em mim, encostas. 
 Deixa-me marcas de amor, cicatrizes. 
 A pele arde quando me tocas, 
tuas mãos são como tochas. 

Incendeia-me, purifica-me... 
Cura-me da solidão. 
Aqueça-me este solitário coração. 
Ordinário, devasso, saliente 
Impuro e pecaminoso. 

Seja-me a salvação que procuro, 
tira-me deste inferno. 
 Quero provar de teu fruto, antes. 
Para no futuro não lamentar. 
 de teu sabor, não poder lembrar. 
Não ter provado do teu mel, 
nem arrancado o teu véu... 

Tua fogueira que arde, 
ilumina meu caminho ate você. 
Preenche a clareira nesta selva. 
Quero ver os teus contornos, 
estes teus lindos tesouros explorar, 
penetrar fundo teus abismos, 
descansar em teu peito... 

Queima-me, 
quando só restarem cinzas, 
vou me erguer delas, como uma Fênix.
Voarei para o teu lado, 
morrerei tantas vezes se preciso for, 
mas nunca irei te abandonar. 
Meu amor...

Gerson Araujo Almeida 

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