terça-feira, 11 de agosto de 2015

Quero chuva...


Quero chuva, 
quero que gotas de orvalho me cubra.
Preciso molhar-me em tua luxúria, 
invada-me.

Deita sobre a relva, 
molhada e úmida, encharcada de paixão tua.
Colada em teu corpo, 
vestes brancas transparentes, 
dirás: "- Indecentes..."

O que é decente ou não para quem te deseja demais...
Por anos, esperei viver um amor grandioso, 
sem esperar quando viria.
Minha querida, abra seus olhos, 
toque teu corpo e sinta a paixão febril.

Criarei condições para que aconteça, 
não resisto mais esperar,
vamos nos completar, nos amar, 
acasalar que seja o nome que se dá.
Não posso mais esperar...

Cada momento, cada segundo do tempo, 
me vejo mais acabado e cansado da espera.
Seja você, meu paraíso em terra, 
quero provar tua maçã pecadora, me condenar.

Não busco mais salvação alguma, 
mesmo que me diga: 
"- Não! Não posso!"
Ainda assim, vou esperar decidir-se, 
a vergonha perder e se entregar por completa.

Gerson Araujo Almeida


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