terça-feira, 25 de agosto de 2015

Na chuva, vou me arriscar...


Cobre agora os campos a penumbra da tarde, 
de céu nublado, de garoa fina, bem fria.
Não se ouve nada lá fora 
apenas as gotas de chuva, 
que resvalam nas folhas,
que a muito tempo estavam secas, 
murchas, sem vida.

Muito parecido contigo, que adora se molhar, 
adora uma chuva tomar.
Confesso que não entendia tal ato, 
não me arriscaria antes,
fazer o que você sempre faz..., 
se molhar.

Acho que vou experimentar, 
não custa tentar me arriscar.
Se sequelas tiver, 
terá sido uma pequena loucura, 
coisa de momento.
Depois tentarei me curar, 
de uma possível gripe, se vier.
Nada que um bom chá quente, 
não me aqueça.

Embora preferisse você, 
aqui ao lado.
coberta de mantas quentes, 
cheia de carinhos, quase adormecida em meus braços.
Sem vontade de ir, cheia de vontade de me amar..., 
ia ser muito bom.

Sorverei o chá, me agasalhar por toda noite, 
será preciso.
Lerei todos os artigos, 
meu poemas, meus rabiscos incompletos.
Meros rascunhos feitos em momentos de paixão,
quando relembro você...

Gerson Araujo Almeida

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