Venha, conta-me os segredos que há em você,
que me fazem pensar a todo instante.
Quais mistérios ainda há que descobrir,
que me levem até ao seu lado ficar.
Quais maneiras preciso desenvolver e mostrar,
minha sinceridade no que digo nessas linhas.
Como faço para ela entender que já me domina por completo.
Sinto uma ternura em seu olhar, uma paz quando comigo fala.
Serei bastante responsável para um dia me declarar para ela.
Não sei mais de nada, ainda vivo um calvário enorme.
Penso até em sumir por uns tempos, me castigar por dentro,
me penalizar por algum mal que tenha cometido.
Fui levado pela paixão de adolescente, logo eu na minha idade,
me sinto envergonhado agora, mereço os castigos que virão.
Não quero perdão de ti, nem de ninguém.
Prefiro padecer em meus cadafalsos, pelos chicotes da ira,
pela sanha punitiva que advir.
Confio em ti cegamente, te peço que me tenha em teu seio,
sou meio irresponsável, sou o culpado e tudo.
Te peço perdão...
Ainda chove lá fora...
Gerson Araujo Almeida
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