segunda-feira, 27 de abril de 2015

Sem pena de nós, manterei o coração de ferro.


Até mesmo parece um desses clássicos 
onde temos que escolher entre o terror silencioso 
 e manter um coração de ferro. 
Sem pena de mim, sem pena de ti, 
 em mim apenas a certeza 
 de que os laços são eternos enquanto durem. 

 E nós que fomos registrando nossos grandes momentos 
 com tantas "selfies", posando para nós mesmos 
 o que hoje vemos como um misto de sucesso e saudade. 

 Foram tantas caras e bocas 
 que até acreditamos num amor eterno. 
 Mas agora, analisando o balanço hídrico das relações 
 queremos manter apenas o encanto 
 entre a infância e juventude. 
 Fechar os olhos e inspirar o mundo ao meu redor 
 e descobrir que entre encantos e desencantos 
 viver é uma operação complicada, 
são tantas as opções que até decidir 
 entre o amor e a paixão, 
não se sabe qual a escolha perfeita. 

 E o coração que é uma terra sem dono, 
 que domina seu espaço, 
determina quem entra, quem sai, 
 quem habita em seus limites. 
 Dono dos seus domínios 
 ama exageradamente algumas vezes 
 se esquece de que com o amor não se brinca, 
 se deixa encantar e se intitula: "BRINCANTE"

 Sem pena de mim, sem pena de nós, 
 se houve um verão ou uma grande roubada. 
As "selfies"  serão um dia, apenas achados. 
 E escolher entre o terror misterioso 
ou manter um coração de ferro 
 numa madrugada quente,
 há de se lembrar dos laços eternos enquanto durem.
Assim como a vida o amor pode ter altos e baixos. 

 Sem pena de mim, sem pena de nós, 
farei uma longa viagem para depois 
 voltar ao jogo no qual o coração domina seu espaço. 
 Novas "selfies", caras e bocas, 
 talvez até outra grande roubada. 
 Tentarei manter o coração de ferro. 
E você, depois dos dias de um passado esquecido: 
"- Boa sorte!". 

Relth Ivone
www.facebook.com/relthivone

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