sábado, 28 de fevereiro de 2015

Nossa paisagem, nossa ponte do amor


Cada trecho de ponte 
foi testemunha de nosso amor,
carregado de emoções fortes, 
te cobria com minhas mãos,
cada folha que caia sugeria 
que cobrisse tuas intimidades.
Que não revelasse ao mundo 
nossos tesouros, nossas fontes de prazer.

Quando passo por aqui, 
relembro e posso imaginar estes momentos,
tão sagrados, tão envolventes e ardentes 
que nos marcaram.

Tu vinhas alegre e saltitante, 
num passo rápido ao meu encontro.
Nossas horas, paravam por momentos, 
nossas tardes eternizavam-se.
Cada gota de orvalho, 
quando a noite chegava, 
anunciava nossas partidas.

Sempre que posso aqui retorno, 
na esperança de te ver,
encontrar aquele sonho que passou, 
que nunca quer me deixar esquecer.

Ainda posso ver, 
teu corpo no caminho, deitada ao desalinho,
entre folhas e galhos das rosas que já secaram.
Só restam a velha paisagem, 
a antiga ponte de madeira que leva até tua casa.

Nunca me convidaste,
 nunca insisti, preferia que fosse ali nosso doce coito.
Nosso induzido relacionamento 
que bastante tempo durou.

Sempre vou levar na mente esta imagem, 
tão bela e sedutora de ti,
a amante perfeita, 
que sempre achava um jeito 
de me encontrar na velha ponte.

Gerson Araujo Almeida


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

"- Estrelinha! seja sempre bem vinda"


Quero sempre sentir 
o seu brilho.
Como estrela quero que brilhe demoradamente,
mesmo que o dia amanheça, 
quero vê-la no firmamento.
Mesmo que o Sol nasça, 
vou esperar você desaparecer.

Embora não possa te ver, 
saberei que estará lá ao anoitecer.
Quando novamente a noite chegar, 
quando o mundo virar e o Sol se esconder.
Você sempre estará lá..., e brilhará.

Sei que nunca poderei te alcançar, 
teu brilho viajou muito tempo,
meu tempo é diferente do teu, 
apenas olho teu passado de luz.

Não importa, 
vamos aproveitar a vida o quanto antes,
chorar todas as lágrimas de desejamos, 
sentir as emoções aflorando,
tocar os lábios de quem gostamos, 
desejar estar com quem queremos muito.
Cada instante vivido, 
nos será lembrado, 
isso não nos podem tirar.

"- Estrelinha!
seja sempre bem vinda",

Gerson Araujo Almeida.
(Dedicado a amiga Christina).

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Estou em meu quarto...


A felicidade cabe aqui, veja!
Com espinhos e tudo, é as vezes tão pequenina.
No momento que me preparava para nos ver,
estava assim. tão preocupada mas, graciosa.
Queria que o toque daquele momento,
 fosse como o momento que viveria.
Cheiroso, terno e só nosso.

Quando falaste: 
"- Está em teu quarto?"
Assumi uma única postura,  
meu ..., meu quarto, quanta importância isso teve para mim.
Tudo ali era só meu, naquela hora tão minha...
Com todo esforço que fiz  para ser só tua..., só tua.

Nada atrapalharia aquele encanto,
que guardei só para ti.
Começamos..., 
o silêncio aos poucos foi sendo substituído,
 por sons só nossos.
E foi uma felicidade de um tamanho tão grande,
 que ao medi-lo, o vi magistral e só nós dois ouvíamos.

O valor foi tamanho..., que o tempo passou rápido, muito depressa.
E foram dias esperados, para aquela ternura tão bela,
tão terna, tão deliciosa!

Dirce Saléh 
www.facebook.com/dirce.saleh

domingo, 22 de fevereiro de 2015

A procura do perfeito encaixe


Quem disse: 
- A vida será fácil!
- Logo, logo, terei a quem amar de verdade!

Como num jogo, nem todas as peças se encaixam.
Podem perecer iguais, no verso...
Mas, não encaixam no reverso.
Mal ajustados, tentamos levar uma vida de aparências,
pensamos que tudo vai se acalmar com o tempo.
Sofremos muito com isso.

O tempo não nos é perfeito,
nem ele consegue nos explicar 
por quanto tempo vamos esperar.
Nos cabe, fazer o encaixe certo, 
na peça destinada a montagem,
Como num jogo, um quebra cabeças.

Tente sempre, não desista nunca, 
quem sabe ache o "lego" certo.
O encaixe perfeito, 
pode estar bem próximo ao alcance da mão.
Se sentir que pode se soltar, 
o solde bem firme.
Com amor, desejo e paixão ardente, 
para que ele nunca mais se solte.

Gerson Araujo Almeida
(Dedicado a amiga Carmem).

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Lua de nossas querências


Um poema foi sugerido,
baseado numa imagem enviada.
Vamos ver se é fácil, 
desenvolver tal empreitada.

Sobre a Lua, muito já foi dito, 
quase fico sem idéias para isso,
mas, a inspiração sempre nos persegue, 
poetas ambulantes e amantes que somos,
do tal astro.

Me permitam então, 
discorrer sobre o mesmo, 
e de vocês aplausos, se possível merecer.
Modéstia parte, 
cada palavra dita sobre ela, nos desperta
paixões adormecidas.

Poemas sofridos pela saudade, 
pela distância, pela carência do contato.
Lua que me fascina, 
que me trás recordações, 
dos banhos de prata acompanhados,
ao seu lado minha querida, 
amada do poeta que espera um dia te tocar.

Nada mais agradável, 
associar teu nome a ela, 
desejar este banho de Lua,
no aconchego do nosso propenso lar, 
criado em nossas mentes.
Alimentado por nossas carências e desejos de amar.

Possa vela no horizonte e não poder tocá-la, 
posso ver tua imagem e não poder te mandar o calor que sinto, 
o desejo que alimento em te ter comigo.
Nada mais gratificante que receber de ti a mensagem:
"- Estou aqui meu amor!"

Que nossos brilhos nunca a ofusquem, 
que possamos olhar no firmamento, 
a Lua de nossas querências, por muito tempo.

Gerson de Araujo Almeida

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Lembranças e saudade.


Não importa a idade, sempre sentiremos saudade.
Que seja por um brinquedo que quebrou,
por uma guloseima a muito saboreada.
Pelo desejo já realizado, que até hoje só ficou na lembrança.

Lembrança, sempre companheira da saudade,
parecem amantes, nunca desgrudam.

Lembro de ti todos os dias até hoje,
nunca, espero esquecer aqueles momentos lindos,
quando se apresentava e me mostrava tuas realidades.
Estas imagens, que me encantou até hoje, não me sai da cabeça.
Lembrança de ti, minha gostosa saudade.

Tens nome e enredo, uma história adulta e recheada,
de momentos maravilhosos e encantadores.
Foste a razão de meus dias, minha adorada e querida,
pecadora e amante, adoradamente sufocante.
Mas, sempre buscávamos encurtar nossas distâncias.

Faltou o toque, a mão para sentir o calor,
a maciêz da pele, o enrrugar da carne.

Lembro e sinto saudade,
das tarde iluminadas, salpicadas de desejos.
Jurávamos nossos segredos, sem ter a certeza de cumprí-los.
Se um dia poderíamos estar juntos.

Na memória aquela casa no campo,
no alto daquela nossa colina.
O tapete azul da sala, sobre a mesa a jarra de chá,
sobre a toalha rendada, num lindo fim de tarde.

O sonho ainda existe, a mente ainda alimenta o desejo...,
o desejo ainda insiste e acredita que poderemos um dia,
realizá-lo...

Gerson Araujo Almeida