sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Um dia te levo comigo


Quando será este dia, 
como desejaria que fosse logo.
Poder me emaranhar em teus cabelos, 
beijar tua boca,
não mais me privar de teu corpo.
Saber que podemos tudo, a qualquer hora, dia ou noite.
Nossa casa de nossos sonhos, nosso ninho de amor.
Construir com as pedras de nossos caminhos.

Cada momento mágico, poder viver e sentir,
nossas bocas molhadas,
 corpos suados, trêmulas mãos. 
Repletas de nossas paixões, 
sedentas de nossas luxúrias.

Como não desejar que me leve um dia,
por caminhos nunca trilhados, 
por veredas inexploradas.
Sentir a brisa em nossos rostos, 
pegar as rosas do caminho e te adornar.
Te namorar tem sido meu maior prêmio, 
como um tesouro descoberto.

Deusa de meus sonhos, como te desejo...

Um dia te levo comigo.
Só espero poder te mostrar o amor que guardo para ti
Me leva, me reclama, seja minha dona,
nada mais quero desta vida, 
senão em derradeiro momento,
estar ao teu lado para sempre.

Gerson Araujo Almeida

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Benditos espelhos da mente.


Pode o corpo não nos responder,
as perguntas que façamos.
Aos gestos que empreguemos na hora do amor.
Podemos ser incapazes de fazer durar, 
a tensão em nossos músculos.

Como sinto falta dos anos que se foram, 
do vigor de uma vida passada.
Posso ser mal entendido, 
talvez incompreendido em meus desejos.
O olhar que me desperta por vezes 
me basta e acende a centelha da paixão.

Nada mais vigoroso que os gestos  
e posições que o corpo assume nestas horas.
A beleza está nisso,
 olhar com os olhos do amante, 
que não olha os defeitos, 
as marcas, as cicatrizes da idade.
Apenas somos movidos pelo desejo 
que sabemos sentir ainda, 
na maneira que conseguimos manejar 
estas emoções afloradas em nós.

Se cada um de nós, 
não olhasse em seus espelhos o exterior 
e sim a alma, benditos espelhos 
que encontramos em nossas mentes.
Poderíamos ser felizes a toda hora, 
em todo momento, em cada suspiro e pensamento.

Vamos nos olhar de maneira diferente, 
somos carne e sangue, somos alma e espírito por dentro, 
enxerguemos melhor nossas habilidades e nuances.
Não amemos apenas pelo que somos ou pelo que vemos,
são apenas reflexos de luz.

Gerson Araujo Almeida

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Gelo no balde de alumínio


Enrosca em mim, se ata
Cola tua face na minha, 
ouça meus apelos.
Meus pelos, arrepiados agora, suplicam...
Quer sentir tua paixão desmedida.
Nunca foi mentira o que te falei,
que assumia todos os riscos desta nossa união.
Secreta e inviolável, pode estar segura, 
nada de mim será declarado.

Vem, assim que puder, espero.
Vou encher duas taças do melhor vinho.
Ponho gelo no balde de alumínio sobre a mesa, se desejar.
Refrescar teus lábio, 
derramar onde quiser para sorvê-lo com prazer.

Meu bem querer, minha paixão, 
minha amante, te quero como antes.
Quero te cobrir de beijos e desejos, 
uma boca que reclama tua falta,
teus carinhos, teus secretos beijos.

Nada nos impede, 
renovemos sempre nossas preces, 
para que tudo dê certo.
Ainda vamos realizar nossos sonhos, 
mesmo que o tempo nos faça duvidar.
Ainda vamos intensamente, nos amar.
  
Gerson Araujo Almeida

domingo, 4 de janeiro de 2015

Saudade, manchas e pintas.


Saudades de você, 
de tuas marquinhas,de tuas pintinhas, 
da minha mão cobrindo você.
Apenas olho naquela foto, 
que me mandou naqueles dias,
dias de suculentos desejos, 
de paixões assumidas, 
realizadas por ambos.
Imagino o calor que produzimos 
e nossas mãos molhadas de suor e desejos,
alimentados fomos.

Madura e ainda bem capaz de me satisfazer,
realizando minhas vontades e desejando que a vida 
nos fosse diferente.
Nossos caminhos separados, 
trilhados pelo destino, cria muros altos.

Não se afaste, não se prive dos desejos e vontades, 
que podemos criar,
nossas mãos, ferramentas e brinquedos 
que usamos a nosso bel prazer.
São oportunas e eficazes, 
mostram o quanto ainda somos capazes de sentir,
de tocar e realizar vontades.

Manchinhas e pintinhas, 
pele calejada que o tempo não perdoa, 
ainda pode transformar em veludo moreno, macio e ardente.
Supra tuas carências, vou estar aqui a espera...

Gerson Araujo Almeida