terça-feira, 22 de julho de 2014

PAGINAS EM BRANCO ESCRITAS COM LAGRIMAS


Na pagina em branco, 
vi  minha vida e minhas lagrimas.
Resumi que ali, duas vidas se encontravam. 
Vi o tempo passando naquelas paginas,
 percebi que só haviam lagrimas,
e nenhuma palavra.

 No instante perguntei-me: 
"- Onde estavam as belas palavras?"
Que um dia anotei ao se passar o tempo,
só existiam lagrimas que se extinguiram de varias formas.
De alegria ao se dar a vida a alguém. 
Lagrimas de dor que se confundiam em meio as paginas em branco. 

É estranho que a dor se misture com a alegria,
mais ao mesmo tempo deixa a sensação de um profundo e imenso vazio,
que não preenche de forma alguma a pequena pagina vazia,
e nem tão pouco se resume neste rascunho que um dia foi escrito. 

Foi ali que comparei a lagrima como se fosse um estudo biológico,
e percebi que sempre as derramei sem cor e nem odor. 

Só tem sabor,
mas não é salgada como dizem,
tem de sabor doce ou talvez amargo, 
que muitos não conseguiam sentir.
O sabor doce, vem da felicidade que se conquistou um dia,
O amargo, muitos fingem não sentir.

Derramei-as nos piores momentos, 
das emoções que cortaram meu coração,
e que feriram profundamente a alma,
deixando tamanha cicatriz e desilusão. 
Que devasta a sabedoria perfeita das paginas escritas,
 nos momentos alegres e felizes, que foram vividos.

Paginas em branco não se resumem em lagrimas perdidas,
são lagrimas que ainda não foram escritas.

Josiane Ramos
www.facebook.com/josiane.mramos



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