sábado, 14 de junho de 2014

Poetas, sempre poetas!


Meu tributo a Manoel Bandeira

Aos idos sonhos do poeta que eternizou nas palavras escritas seus sentimentos. 

Vou-me embora prá Pasárgada! 
Seria seu sonho de liberdade da alma, 
 da dor no peito, do amor perdido, 
 das noites vazias que o deixaram tão triste ao se ver observando o horizonte? 

Ontem, hoje e amanhã, todos os poetas vão sonhar com Pasárgada. 
Vão querer uma rainha louca, novos conceitos e serem amigos do rei. 
Sonhar com a infância e novos amores. 
Eternizar seu sentimentos com momentos consequentes e inconsequentes. 
Vão querer acolhimento e um abraço apertado. 

Quando a noite chegar, 
o peito doer, o coração bater e a saudade apertar. 
Tentar explicar o inexplicável e pensar: 
 "-Vou-me embora prá Pasárgada!" 

O tempo do nosso poeta era de uma infância de banho nos rios e mares, 
de pau-de-sebo e das histórias da Rosa. 
Novos tempos, novos poetas outras lembranças, 
sem brincadeiras nas ruas, de uma infância da qual roubaram o sabor, 
presos cresceram entre grades e janelas. 
Mas vão falar do amor que habita em todos os corações. 

Vou-me embora prá Pasárgada!
Lá as coisas são diferentes, 
terão as mulheres que quiserem, 
serão meninos, serão homens. 
Poetas serão, sempre. 

E quando estiverem também muito tristes ao ponto de querer morrer, 
 vão se lembrar de um lugar num sonho onde sempre serão amigos do Rei. 

Meu tributo à Manoel Bandeira.
De Relth Ivone
www.facebook.com/relthivone

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