domingo, 25 de maio de 2014

Se acaso eu cair...


Segura por favor minhas mãos, 
pois sinto o quanto é cheia de curvas a estrada. 
Há caminhos difíceis para seguir sozinha, mesmo que precise. 
Que há muita coisa que se deve deixar pela estrada e quando nos sentimos no caminho, 
mil lembranças acabam por nos abraçar e fica difícil a escolha. 
Um beijo roubado, o despertar do sexo, as escolhas perdidas ou não, 
um amor não explicado que carregamos dentro da alma como se fosse verdadeiro..., erros e acertos. 

"- Ai! Que vida! Por quê a gente se perde no que foi a nossa?"

De repente nos assusta a síndrome do ninho vazio, 
filhos crescidos que nem mais precisam de nós. 
 Um medo repentino do nada, do tudo, 
de nos descobrirmos inteiros, que mesmo o amor, vale a pena... 
Não aquele amor convencional dos livros,
mas o amor que quebra todas as regras, 
que nos faz abandonar tudo e recomeçar um novo mundo.

Que o amor, só de amor já vale a pena. 
Muitos de nós perdemos anos e anos com amores que nem eram nossos, eram do mundo,  
nos prendemos a uma vida a qual anulamos sonhos e íntimos desejos,
de repente descobrimos que não houve vida, houve apenas existência. 

Há sangue em nossas veias gritando por vida, 
que vale a pena viver, que vale tentar, seguir o esboço. 
Olhar o horizonte e sentir que há mesmo um lugar bonito, 
se deixar envolver por um amor novo. 
Permitir que outras mãos vasculhem seu corpo, 
afinal você tem as chaves e só basta abrir as portas e as janelas, 
consentir que o sol entre e com ele novos amores,
 novas ilusões, um novo êxtase acontecer... 

"- Por favor, segure minhas mãos, olhe-me nos olhos e solta-me devagar... Se acaso eu cair, não importa, sei que você estará lá, ali ou aqui..., com seu olhar manso, sem críticas ou censura. Com a paciência dos sábios e o carinho de amigo, pronto a me segurar mais uma vez se preciso..."

Relth Ivone
www.facebook.com/relthivone

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