Sarath Meu Anjo

Rosalina Cândida de Carvalho 
sarathanjoazul@hotmail.com 
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Agradecimentos 

As realizações de nossa vida muitas vezes se tornam possíveis apenas porque há pessoas que nos alimentam com a força do seu incentivo. À Dona Alda Gonçalves, que me encorajou a publicar este trabalho e o meu mais profundo desejo de que ela também comece a publicar os seus. À Luizanita Bittencourt, minha primeira leitora. À Izabel Mituco Akiyoshi Loureiro, pela revisão dos textos. Renata Ferreira de Almeida Baldi, que fez revisão da segunda edição. 

Aos que, lendo este livro, nele encontrarem um convite para novas leituras. A Paola, Camila e a minhas irmãs,com carinho. 

“Quando estamos tristes, achamos que estamos fracos, no entanto, é nas horas de fragilidade que estamos aptos a chegar a Deus.”

(...) Na personagem principal, Cândida, uma criança com alma pura e sem a certeza de um dia ter os porquês de sua vida respondidos, revela toda a luta de uma família para viver com dignidade. O Conforto certo de Deus em nossas vidas vem a todo momento durante a leitura. O anjo azul, protetor da Cândida, traz o conforto para aqueles que creem que não estão sozinhos.

Durante a narrativa, Rosalina traz com imensa ternura o passado vivido na fazenda com a família, a mudança e dificuldades de chegar a uma cidade grande. Nos momentos mais sensíveis e delicados da leitura Cândida conta a tristeza da perda de seus irmãos com acerteza da morte ser apenas um começo (...).

Renata Ferreira de Almeida Baldi 
Curitiba – Março de 2010 

BARREIRA DO TEMPO

(...) Quando estamos tristes achamos que estamos fracos, no entanto, é nas horas de fragilidade que estamos aptos a chegar a Deus. Entrei no pátio da igreja, a gruta chamou-me atenção. Haviam várias pessoas ajoelhadas fazendo oração. Ajoelhei-me e olhei para o rosto de Nossa Senhora. A tristeza e o medo eram tão grandes que não conseguia recordar de nenhuma oração para aquele momento. Nossa senhora! Não consigo rezar! Como vou querer que me ajude? Pensei.

Uma forte onde de calor apoderou-se de mim, provocando imensa dor na cabeça, fechei os olhos prendendo o gemido e, por alguns segundos, tive a nítida impressão que a minha cabeça iria estourar. Era uma sensação estranha, algo se desprendia de mim provocando a dor.Quando a sensação de desprendimento passou, a dor cessou. Respirei aliviada ainda com os olhos fechados. Sussurros chegaram aos meus ouvidos, com tal suavidade, que me chamaram a atenção. Fui abrindo os olhos lentamente. Mal pude acreditar no que via: a gruta havia sumido dando lugar a uma imensa igreja. Digo igreja por ser essa a minha impressão Podia ser também um castelo! Não sei! Nunca tinha visto algo tão grandioso. Estava encantada! O jardim era imenso com flores diversas e coloridas exalando perfumes embriagadores. Os galhos das árvores, que balançavam suavemente, faziam com que as pétalas das flores soltassem e, por um instante, elas planavam no ar se misturando com as muitas borboletas, beija-flores e outros pássaros coloridos, caindo no chão formando um lindo tapete colorido.(...)

Rosalina Cândida de Carvalho 

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