sábado, 15 de março de 2014

Folhas envergonhadas.(Desafio Brasileiro de Poesia).


Não entendo tal motivo, 
de cada folha caída, 
demonstrar constrangimento.
Nosso amor em plena relva, 
mais puro que o luar de prata, 
ilumina toda adjacente mata.

Nunca duvidei de teu ímpeto, 
sempre amei este momento viver, 
imagens na mente criei.
Agora pude perceber, 
o quanto perdi na espera infantil, 
e teu corpo enfim, pude agora assumir.

Dizer aos quatro cantos que és minha, 
adorada criatura de meus desejos, 
curar teus devaneios.
Te trazer ao mundo real, 
te mostrar sem ser fantasia, 
este mundo puro e carnal.
Sente meus desejos em ti, 
penetrando teu corpo sem pedir, t
e trazendo a paz.
Quero ficar aqui por toda noite, 
me banhar de tua luxúria, ser a tua cura.

Meu amor, 
agora declarado sem pecado, 
sem vergonha me mostro nu.
De preconceitos de mentiras, 
sem reparar a tua idade, 
tuas marcas de vida
Tenho as minhas também, 
fui jovem, cavaleiro altaneiro, 
destemido guerreiro.

Hoje, minhas formas desiguais, 
meu corpo já cansado, 
precisa de teu ânimo.
Necessita de tua vontade de amar, 
de teu renascimento, quero compartilhar.

Gerson Araujo Almeida.

Um comentário:

  1. Não há tempo. ok

    Não há tempo pra vaidade,
    não há tempo pra oração.
    Só há tempo pra tristeza
    que transborda do coração.

    Não há tempo pra alegria,
    nem de noite e nem de dia.
    Não há tempo pra mais nada,
    só em chorar de madrugada.

    Não há tempo para os que nascem,
    muito menos para os que morrem.
    Só há tempo dos olhos cansados,
    procurarem mais tempo pra chorar.

    Não há tempo pra pianos,
    foguetes, violão, aurora.
    Só há tempo de acender uma vela
    pra minha alma que foi embora.

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