terça-feira, 26 de novembro de 2013

Sonhadora e idealista, apesar de acreditar também que perfeição não existe.

Dani Lima (a época)

Não me envergonho mais de admitir que seja sonhadora e idealista, apesar de acreditar também que perfeição não existe. Sou essencialmente contraditória, mas aprendi também que não devo ficar me desculpando o tempo todo por isso, nunca, por mais idiotas que pareçam meus sonhos, ideais, desejos. Quero poder viver em paz mesmo sendo inquieta, ajudar algumas pessoas e, algum dia, viajar por este mundão a fora, com uma mochila nas costas, sozinha. Ou talvez não. 

Talvez apareça um cara, mas particularmente ando bem cética quanto a isso. Apesar de ser muito comunicativa, não me considero carismática, nem influente. Então o meu suposto “carisma” é mais uma conseqüência do meu comportamento intuitivo e reservado, do que algo meu mesmo. Tenho muitos grandes conhecidos e poucos melhores amigos. A vida exige demais de mim, mas não estou exigindo mais dela: quero uma vida leve. E estou buscando por isso com unhas e dentes. Não é nem um pouco fácil e é até engraçado e bastante irônico perceber que toda a leveza do mundo vem mesmo é de uma grande força interior. 

A partir do dia que decidi viver minha vida com leveza e aceitei isso para mim mesma, tudo mudou drasticamente. Descobri que não perdoo, mas que simplesmente acordo um dia e vejo que toda a mágoa foi embora, desaparecendo da minha vida sem deixar rastros. Gosto de cantar, tomando banho, enquanto lavo louça, quando estou no ônibus ou andando pela rua. Mas não tenho nenhuma vocação para o canto, infelizmente. Gosto de ler,ler e ler,sempre. Gosto de dançar, de brincar na chuva e assistir um bom filme enrolado no cobertor no sofá, de ir ao teatro ou cinema ou dar uma volta pela cidade, sozinha ou acompanhada. Gosto de simplicidade, mas repudio a mediocridade. Choro quando vejo que não há o que fazer acerca de qualquer coisa, seja ela terrível ou bela. 

Justamente por ser incapaz de corar, talvez eu seja a tímida mais descarada que conheço. Meu pecado preferido é a preguiça. Não faço amor: deixo que ele me faça ser o que devo. Não nego minhas palavras, nem meus desejos e talvez, apenas talvez, isso seja muito egoísta da minha parte. Uns me chamam de impulsiva, outros de imediatista. Sou feliz, mesmo estando sozinha. 

De qualquer forma, a minha própria companhia me é muito agradável. Descobri que minha felicidade é sempre homeopática (e é até melhor que seja assim) e cabe em vários momentos. Entre pessoas agradáveis, conversando sobre qualquer coisa e com muita risada. Na afetuosidade que eu vejo ser correspondida. No carinho demonstrado, mesmo que singelamente. 

Na preocupação contida num “Tudo bem com você?” genuíno, que raras pessoas perguntam. Gosto de me permitir acreditar em várias coisas: a ingenuidade ainda suaviza a minha vida. Não tenho mais medo de me perder, pois da última vez que me perdi foi que finalmente pude dizer a mim mesma “agora sim, estou exatamente onde eu queria estar…”

E, agora, eu continuo levando a minha vida, pois acredito que as experiências, os erros e acertos que acontecem comigo são frutos da árvore do amadurecimento. E,quando eles estiverem maduros, saberei que cresci, venci e amadureci. 

Dani Lima. (atual)
www.facebook.com/dani.lima.94849



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