terça-feira, 24 de setembro de 2013

DOR DE AMOR


Do Blog da Soraya

Achei que aquela dor fosse durar para sempre, de tanto que doía. Não era dor física, daquelas que a gente põe a mão para amenizar. Era dor de amor. Não tive a sorte de um amor tranquilo. Sentia o coração sendo rasgado, em finos trapos, bem devagarinho. Doendo... Rasgando... Ferindo... Sangrando...
   
E a cabeça, só lembrava você. O chão me faltou. Aos pés era um buraco que eu queria  me enterrar. Mas queria viver! Viver para te ensurdecer de tanto gritar: "- Eu te amo!" Explodir meus pulmões de tanto chorar, me matar para ver se te matava, te matar para ver se renascia. 

Eu sorria quando tu sorrias, eu chorava quando tu choravas. No fundo só queria te fazer sentir aquilo que eu sentia, te sobreviver do meu amor. Quantas vezes quis abrir teu peito, te arrancar o coração e colocar o meu no lugar. "- Toma! Experimenta te amar como eu te amo! Toma!"

Quantas vezes quis rasgar meu peito, te tirar lá de dentro e dizer, "- Vai! Segue teu caminho e esquece que eu existo, já não te preciso mais. Me venci! Te matei em mim!" Tudo ilusão... Um amor desse tamanho não se mata assim.

Sonhei tantas vezes com o momento de te deixar que cheguei a te odiar. Te amava e te odiava, te odiava, mas te amava. Eu te sufocava com o meu desejo, me viciava, me afogava, me afundava. Eu estava doente por você. "- Passa! Isso passa com o tempo!", você dizia.

Hoje, tenho que dizer que tens razão, ainda te amo. Mais calmo, suave, ainda te amo. mas, me permito viver sem você. Ainda te amo mas, existo para mim mas, ainda te amo.

Soraya Lessa
http://sosgataborralheira.loveblog.com.br


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