terça-feira, 6 de agosto de 2013

Uma chance para dois


Do Blog da Fernanda

Cátia estava animada para a viagem, e Carolina praticamente sendo empurrada por ela. A pouco haverá de acabar um relacionamento longo, ainda pensava nele. E não estava com animo para viajar. Mas a amiga insistiu tanto que ela acabou cedendo. Fazia tempo que Cátia convidava, mas Carolina se esquivava. Enfim chegou o dia da viagem, Cátia dormiu durante a viagem. Já Carolina estava pensativa. Lia um livro e escutava musica, olhava a bela paisagem da serra. Estava um dia lindo e ela tentava desviar o pensamento dele, tentava não pensar, mas as vezes era inevitável. Logo que chegaram a rodoviária, o motorista da pousada veio buscar as duas. Carolina parecia distante, mas Cátia logo tratou de trazê-la a realidade:
- Pode para de ficar assim, viemos para aproveitar, conhecer lugares diferentes e ver gente. Não quero ver você chorando ou pensando nele, esse fim de semana não!
- Não vou estragar nossa viagem, Cátia. Não te preocupe, quero realmente me divertir e me distrair.
- Então vamos tomar um belo café, arrumar as malas no quarto e sair por ai, esta bem?
- Sim! Vamos sim!

Carolina, já se sentia um pouco melhor, o ar lá era diferente. Estava um clima agradável. E essa época do ano, muitos turistas iam pra la. A cidade estava cheia, andaram por vários lugares, sempre muito sorridentes. Conversaram e sorriram muito, lembraram-se de algumas historias que passaram juntas. Riram de situações bobas, mas ficaram caladas, com algumas tristezas que a vida havia lhes apresentado. Decidiram não falar de tristezas aquele dia, queriam aproveitar. Voltaram a pousada, arrumaram-se e foram jantar em um restaurante bem badalado da cidade. Já acomodadas em uma mesa, tomando um bom vinho e aguardando o jantar. Conversaram muito e sorridentes chamaram a atenção de dois rapazes, logo se via que não eram da cidade, apesar de estar frio, não estava tanto a ponto de usarem luvas. Se fossem do estado, não iriam usar luvas. Pois bem, um deles acenou para Cátia. E ela toda animada fez sinal, para que sentassem com elas.
- Tu ta louca? Disse Carolina.
- O que tem demais, Carol. Deixa de ser. Apenas convidei para sentar com a gente e conversar, não pedi ninguém em casamento. Ainda, não. - Gargalhou Cátia.

Logo os rapazes se acomodaram na mesma mesa. O rapaz, que havia acenado, se mostrou todo empolgado com Cátia e o outro, se acomodou timidamente ao lado da Carolina.
- Boa noite, meninas, deixe me apresentar meu nome é Marcio e esse é meu amigo Francisco. Somos de Campinas, interior de São Paulo.
- Pois bem, guris. Meu nome é Cátia. E essa é minha amiga Carolina, somos da Capital.

Carolina se sentia incomodada, mas algo lhe chamou atenção em Francisco. Não era jovem, tinha um porte bonito, cabelo grisalho. Aparentava ser mais velho que o outro.  O assunto foi aos poucos se desenvolvendo, os dois disseram que estavam interessados em ter negócios no sul e vieram a trabalho. Marcio era mais sedutor e mais falante e ele e Cátia resolveram dar uma volta pelo centro da cidade. Deixando-nos sozinhos na mesa.
- Bela noite esta hoje.
- Verdade, um pouco fria, mas muito bonita. – Respondeu Carolina.
- Você também não quer ir pra outro lugar? Eu vi que tem um "Pub" aqui perto que toca Jazz e blues, tem lareira e vinho. Vamos?

Carolina pensa rapidamente, que não tem nada a perder e ele parecia tranquilo e simpático que a conversa no mínimo haverá de ser interessante. Pagam a conta e vão em direção ao "Pub".
- E a Cátia e o Marcio, não vão com a gente?
- Não. Eu liguei para ele enquanto você estava no banheiro, eles preferem ir a uma balada. Acho que meu amigo se deu bem com a sua amiga. Eu não tenho mais idade para baladas. Gosto de bares, pubs, cinemas, jantares coisas do tipo.
- Eu também não gosto muito, apesar de ser jovem, vou muito pouco a baladas. Prefiro algo mais tranquilo.

Ao chegarem no "Pub", logo se acomodaram em uma mesa, perto do pequeno palco. Um lugar aconchegante, muito bem decorado, uma musica gostosa de ouvir. Pediram vinho e uma rodada de "fondue"
- Me desculpe minha total indelicadeza, com você, mas qual a sua idade?
Carolina abriu um sorriso. Baixou o rosto e corada, respondeu:
- Tenho 26 anos, por quê?
- Eu imaginei que teria essa idade. És muito bela. Alias este estado só tem mulheres bonitas. Bendito Rio Grande do Sul.
Ela fica envergonhada e olha para outro lado. Fazia tempo que alguém espontaneamente não a elogiava. Apesar de ser uma mulher bonita, ultimamente não se sentia assim, aquele elogio tinha feito um bem enorme para seu ego, ela também ficou curiosa em saber a idade do galanteador.
- E tu, que idade tem?
- Eu? Estou velho, não vale apena saber.
- Quero saber sim... Me fale!
- Tenho 41 anos, completo mês passado.
- Mas tu esta muito bem para tua idade. De verdade.
- Obrigado, isso é genética. Ele sorriu satisfeito com o elogio da jovem mulher.

Conversaram muito sobre trabalho, ele tinha uma empresa de calçados e pretendiam estalar uma filial no estado e vieram conhecer. Iam ficar mais alguns dias na cidade. Ela falou onde trabalhava e como gostava de viver na capital, falaram da cidade, de como ela era acolhedora e como tudo era bonito lá. Tomaram muito vinho, cantaram algumas musicas conhecidas.
- Eu adoro isso.
- Isso o que? Perguntou ele.
- Isso que to sentindo. Essa alegria. Fazia algum tempo que não me sentia tão bem, tão animada e tão disposta, como estou me sentindo agora.
- Te confesso, que a tempos eu não saia, não ria e me divertia assim. Eu não queria vir a essa viagem, meu sócio e amigo insistiu que seria muito bom. Mas eu andava desanimado e triste. Só trabalhando muito e estudando.
- E sua esposa não quis vir.
- Não tenho esposa, alias tinha, mas ela pediu o divorcio a três meses. Trocou-me pelo "personal trainer" dela, de 25 anos.
- Me desculpa minha indelicadeza. Eu...
- Não se preocupe. Já passou. Sabe depois que ela foi embora, eu fiquei arrasado, chorei, entrei em depressão, emagreci. E então entrei a fundo no trabalho. Li alguns livros que me ajudaram a entender algumas coisas e percebi que eu não a amava. Que apenas a admirava pela sua beleza e ela me fazia companhia. Aceitava minhas viagens a negócios e não brigávamos, não discutíamos. Para ela tudo estava bom, acho que me acomodei. Ela gostava mesmo era do luxo que eu dava, das viagens, das roupas, da vida boa mas, amar mesmo acho que eu nunca amei.
- Eu entendo você. Acabei um relacionamento de dois anos.
- Eu lamento.
- Não lamente. Eu fui muito boba, dediquei-me muito a ele a essa relação, deixando tudo de lado, família e amigos. Deixei-me de lado um pouco ao contrario de vocês, brigávamos muito. Por tudo e por nada. Eu queria construir uma família com ele, um lar mas, nada ia pra frente. Eu sonhava sozinha, depois que terminamos alias, eu terminei, ele veio atrás de mim mas, quem não quis fui eu. Sofri muito e ainda sofro. sinto falta dele mas, preciso me acostumar a isso. Melhor me acostumar com a falta dele, do que com a minha própria falta. Não ser quem eu sou.
- Teve uma época que ela achou que estivesse grávida. Eu fiquei muito feliz. Mas ela entrou em paranoia, ficou muito incomodada, dizendo que a gravidez iria estragar seu corpo. Mas era só uma suspeita, enquanto eu fiquei triste ela ficou feliz. Eu não percebia que algo estava errado. Hoje eu vejo que estava tudo errado.

Ficaram em silencio por algum tempo. Ele ficou pensativo, enquanto Carolina com os olhos cheios d’água se lembrara de um acontecimento parecido. Onde ela também ficara com suspeita de gravidez, só que os papeis tinha se invertido. Ela tinha ficado feliz e ele não. Mas também só tinha sido um susto e depois do que ele tinha dito, ela percebera muita coisa.

Ele levanta e para a sua frente começa a tocar uma nova musica e ele faz um gesto e a convida para dançar. Ela prontamente aceita. Ele pega suavemente em sua mão e aproxima seus corpos, encosta seu rosto no dela e dançam, trocam algumas palavras ate que trocam olhares e um beijo acontece. Parecia que o mundo tinha parado e nada mais estava ali. A musica termina, voltam a mesa e continuam a conversar, mas desta vez Francisco estava com a mão entrelaçada em Carolina. Eles sorriam muito e trocaram mais alguns beijos. Carolina estava se sentindo bem ao lado dele e ele parecia gostar da presença dela. Já estava tarde, ele levou ela ate a pousada que ela e Cátia estavam hospedadas. Despediram-se com a promessa de logo cedo dar uma volta pela manha fria da serra. Assim que ela entra no quarto Cátia manda uma mensagem dizendo que não ia passar a noite com ela, mas que estava bem, informando inclusive que hotel que estariam. Carolina, deitada na cama olha para e teto. E é inevitavelmente lembra-se de Carlos, das promessas que ele fazia quando as coisas não estavam boas, mas quando voltavam, as coisas voltavam a acontecer de novo. Ela estava cansada disso, queria mais da vida e esse mais, infelizmente ele não poderia proporcionar a ela.

Enquanto Francisco no seu quarto, lembrava da vida que tinha em São Paulo, tão diferente dali, mas se sentira acolhido ali de uma forma tão incrível que pela primeira vez teve vontade de se mudar. Isso que ele já havia viajado o mundo todo conhecido outras culturas, mas jamais tinha se sentido em casa. Algo em Carolina havia o encantado, talvez ele soubesse o motivo, mas preferiu aguardar.

No dia seguinte, Carolina acorda mais alegre e disposta. Sabia que tinha mais dois dias para aproveitar, antes de voltar a realidade. Ao ver Francisco pontualmente a sua espera ficou mais contente, ela se aproximou e ele deu-lhe um beijo no rosto primeiro e depois a beijou, ela correspondeu. Prontamente ele pegou em sua mão e saíram pela cidade. Estava um dia lindo, um sol forte e haverá de esquentar no meio do dia eles estavam radiantes.
- Você falou com o Marcio hoje pela manhã.
- Sim, fui ate o quarto dele e quem me atendeu foi a Cátia. Ela disse que estava bem, e que iam almoçar com a gente, mais tarde.
- Que bom. Você já combinou tudo com eles...
- Então vamos, quero te mostrar toda a cidade. Se você esta maravilhado com tudo vai se encantar ainda mais.
- Desse jeito eu me mudo pra cá. - Disse ele com um largo sorriso.

Passaram a manha sorrindo e brincando. Carolina era uma guria muito animada, cheia de vida de sonhos. Simples de viver e conviver sempre sorrindo. Isso encantava cada vez mais Francisco. Entre uma caminhada e outra, ele parava ela na rua e dava-lhe um beijo. Foram almoçar com Marcio e Cátia. Os dois pareciam em lua de mel, estavam tão entrosados, combinavam em quase tudo. Cátia estava radiante, certa hora foram as duas ate o banheiro. E Cátia queria saber se tinha rolado algo, alem de beijos entre o dois e Carolina contou o que tinha acontecido. Elas ficaram rindo, mas Carolina era mais retraída, com ela as coisas iam com calma.
- Bom, eu e o Marcio vamos dar umas voltas. E vocês vão com a gente?
- Não sei, vamos ver o que o Francisco vai querer. E pensar que essa viagem seria só pra nós, e se transformou uma viagem de casais.
- É a vida, minha amiga. Algum propósito isso tem, você não acha? Nada acontece por acaso e isso é o bom da vida, as surpresas que ela nos proporciona. Bom, vamos voltar antes que eles acabem indo embora.

Voltaram e la estavam o dois a espera das duas. Cada um resolveu ir para um lado. Iam fazer passeios separados. A noite se aproxima, ela vai ate a pousada se trocar e se encontrar com ele. Na hora marcada lá estava ele esperando por ela, ela estava linda. Quando ele a viu, num elegante vestido preto com salto alto, cabelo solto e uma maquiagem suave, pensou: 
- É ela a mulher por quem sempre esperei, tenho certeza que aqueles olhos haviam me seduzido.
- Você esta linda. Alias, você é linda.
- Obrigada! Respondeu Carolina muito encabulada. De fato havia caprichado.

Foram a um restaurante muito chique da cidade, tomaram um bom vinho conversaram muito. Sobre tudo, filmes, musicas e viagens. Sonhos, ambições, amores, filhos e família. Riram muito também. Ela tinha o poder de deixar ele leve, solto e a vontade, ate mesmo para contar piadas sem graça, mas as quais ela achou graça. O tempo todo ele pegava na mão dela e acariciava, resolveram ir para o hotel dele. Chegando ao quarto logo ele tratou de acender à lareira, colocou uma música e tomaram mais vinho. Conversaram mais um pouco e logo se renderam a paixão. Tudo muito intenso e caloroso. Depois ela deitada em seu peito fala:
- A tempos não me sentia assim. Tão querida, tão desejada e tão atraente.
- Por que diz isso, você é uma mulher linda, inteligente qual homem não se interessaria por você.
- Sei la, sempre me achei bonita e inteligente mas, interessante, não sei. Sempre estive fora dos padrões de beleza e vamos ser sinceros sou gordinha. E...
Ele interrompe ela com o dedo na boca, da um beijo nela e a olha.
- Nunca mais diga isso, não é porque você esta acima do peso que deixa de ser uma mulher linda, inteligente, interessante, saiba que em cinco anos de casamento nunca me senti tão a vontade com alguém e tão bem. A muito tempo não me divertia tanto e não me empolgava tanto com alguém na cama quanto você me fez sentir hoje.
- Nossa! Não sei nem o que dizer...
- Não diga nada. Eu apenas queria entender, porque um cara em sua sã consciência deixa uma mulher como você livre. 
- Não sou perfeita, alias nunca fui, acredito que ele apenas achou que nunca me perderia e que arrumaria outra mulher melhor do que eu. Não deu valor, procuro não pensar nisso. Não tenho raiva dele e não desejo mal dele, apenas optei em ser feliz, mesmo que isso no começo me causasse tamanha dor.
Ele a beija e voltam a se amar. Fazia tempo que Carolina, não se sentia tão amada e protegida, tinha magoas contidas, tinha medos e receios. Mal o conhecia, mas algo dentro dela dizia que ele era um bom homem, mas tinha medo do que ia acontecer daqui pra frente.

Ao acordar Carolina, procura por Francisco na cama. Ele não estava por ali. O sol entrava pela janela, ela fica mais um pouco deitada na cama, quando ele entra pela porta com uma bandeja de café da manhã, ele abre um sorriso lindo ao vê-la e ela corresponde sorrindo também, na bandeja muitas coisas gostosas e uma rosa vermelha.  
- Que lindo...
- Você merece isso e muito mais é apenas um agrado.
- Mereço?
- Merece...
Ele passa a mão no rosto dela e da um beijo na testa.
– Faz muito tempo que eu não me sentia tão bem, com você me sinto eu. Tive vontade de te encher de beijos, vendo teu corpo nu. A muito tempo que eu não ficava analisando alguém dormir. Sabia que você mexe o nariz quando dorme? Acho que é mania, fez mais de duas vezes. Depois quando esfriou, você procuro meu corpo para se esquentar ai ficou encolhida. Bem perto do meu peito e logo depois te abracei e adormeci também.
- Ninguém nunca tinha me falado isso. Estou surpresa.
- Não sei, mas com você eu tive vontade de fazer isso, não queria que esse fim de semana terminasse não queria te deixar aqui e ter que ir embora.
- Eu também não. Mas nossas vidas devem seguir. E se for da vontade de Deus, iremos nos reencontrar.
- Sinceramente! Irei rezar todas as noites para que isso aconteça. Exclamou ele.

E os dois caíram na risada, tomaram café juntos e saíram para aproveitar o resto do dia que ainda tinham. Logo mais ela e Cátia tinham que voltar para casa, aproveitaram muito o dia de sol, ate que chega a hora da despedida.
- Precisa mesmo ir.
- Preciso sim, minha vida começa amanha cedo e a sua daqui a alguns dias. Foi mágico tudo que vivi aqui, esse últimos dias e pensar que a Cátia praticamente me obrigou a vir e foi tudo tão maravilhoso espero uma dia poder te reencontrar.
- Eu também espero.

Despendem-se. Assim como Marcio e Cátia, elas entram no ônibus e vão rumo a capital. No caminho Cátia conta como foi o fim de semana e Carolina escuta atentamente, mas seu pensamento esta em Francisco. Ela jamais esquecerá aquele fim de semana. O tempo passa e ela ainda lembra dele. Certo dia seu telefone toca. Ela não reconhece a voz:
- Quem fala?
- Sou eu Carol, Francisco, estou em Porto Alegre e quero muito te ver, tem como?
- Oi, tudo bem? Posso sim, onde?

Marcam o local e a hora. Ela mais uma vez esta radiante, ele abre um largo sorriso a abraça fortemente, sentam-se para conversar. Falam de como estão, o que fizeram nos últimos meses e de como se sentiram.
- Sabe Carol, o tempo que passamos juntos foi pouco, mas foi de uma valia de uma intensidade, que eu tive vontade de continuar e de tentar. Saber onde tudo daria. Lembra que te contei que eu e o Marcio tínhamos a pretensão de montar uma filial aqui. Pois bem, após todo planejamento, mês que vem estaremos nos estalando aqui.
- Que bacana, fico feliz por vocês, se vão dar esse passo com certeza, foi porque é viável e lucrativo pra vocês.
- É sim, mas a melhor parte vem agora, apenas um de nós vem pra cá, ou eu ou ele. ele apesar de ter gostado do sul, prefere São Paulo e eu também preferia, na época da hipótese, chegamos a brigar porque nenhum dos dois queria vir, quando conheci você essa vontade simplesmente veio naturalmente.
- Você vai se mudar pra cá...
- Sim, na verdade já estou, hoje é minha primeira noite aqui e queria te convidar para me mostrar a cidade, afinal só conheci a serra e naquele fim de semana, você foi uma ótima guia, achei que poderia repetir a dose.

Ela abriu um sorriso, chegou perto dele, passou a mão no rosto, ele fechou os olhos e ela o beijou. Logo após, ela cochichou no ouvido dele:
- Eu rezei todos os dias pra que você voltasse.
- Eu sei eu também.

Saíram do restaurante abraçados e sorridentes, daquele dia em diante nunca mais se afastaram. Namoraram por um ano, casaram-se e tiveram uma filha. Ele sempre dizia a todos, que Deus tem um propósito maior. Quando algo da errado e não entendemos porque passamos por tamanho sofrimento e quando desistimos de viver, ele vem e nos mostra que sempre vale a pena viver apesar das dores. Só temos que acreditar nisso, dar uma chance de viver e de se arrepender caso for, mas só saberás se viver. Se Carolina não tivesse ido a viagem, não teria conhecido Francisco e assim ao contrario. Devemos acreditar mais em nós. No nosso futuro, nos sonhos e ainda mais na vida. Porque quando menos se espera algo bom acontece, e você volta sorrir. Ou melhor, aprender a sorrir de verdade.

Fernanda Saraiva.
http://sonhosdemeninamulher.spaceblog.com.br/


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