domingo, 21 de julho de 2013

CHORAR FAZ BEM: AS LÁGRIMAS LIBERTAM O CORPO E A ALMA

Muitos se sentem melhor depois de se desafogar com um pranto liberatório. Não hesite em chorar quando sentir necessidade. Reter as lágrimas pode levar a várias doenças.



Por: Equipe Oásis

Sim, o choro pode fazer muito bem. Pode até evitar doenças e salvar vidas. Segundo William Frey, bioquímico da Minnesota University (USA), o pranto serve para expelir substâncias tóxicas que surgem no organismo quando se acumulam tensões emocionais. Com efeito, diferente das lágrimas que são geradas de modo natural, pela presença de corpos estranhos na superfície do globo ocular ou por irritações e alergias, as lágrimas do pranto são ricas de corticotropina e prolactina (hormônios cujos níveis aumentam em estado de estresse) e de manganês (presente em altas concentrações no cérebro dos deprimidos). Estudos psicológicos informam, por outro lado, que 88% das pessoas se sentem melhor depois de ter se desafogado com um choro copioso e liberatório. Inclusive os homens o fazem, embora apenas 7 vezes ao ano, contra 47 vezes para as mulheres.


Clubes do choro
Os homens de negócios japoneses sabem muito bem que chorar descarrega o estresse, e por isso lançaram a moda, que já chegou na Europa, dos clubes de choro (crying clubs): locais onde a gente vai com a finalidade de chorar em companhia de pessoas completamente desconhecidas. Muitos desses lugares oferecem inclusive alguma ajuda aos que não têm as lágrimas fáceis: desde filmes comoventes até pires com cebola cortada e pimenta.

Os seres humanos choram quando estão diante de uma forte emoção. Alguns animais superiores também choram, mas não com a mesma frequência. Ou, melhor dizendo, não sabemos sempre com precisão se se tratam de lágrimas emotivas. O caso mais conhecido é o dos elefantes, comentado inclusive no famoso livro "Quando os elefantes choram", de Jeffrey Masson, no qual são analisados os sentimentos de muitos animais. Em particular, os elefantes produzem lágrimas quando entram em estado de estresse. Sempre segundo Masson, também lacrimejam em caso de fortes emoções o gorila, o chimpanzé, os cavalos e os ursos. Mas, apesar do velho ditado, os crocodilos não o fazem; eles soltam lágrimas apenas como relação a um intenso esforço.


Opinião diversa, no entanto, tem Michael Trimble, neurologista do National Hospital de Londres. No livro Why humans like to cry (Por que os humanos gostam de chorar) indaga a respeito da origem das "lágrimas emotivas". Segundo Trimble chorar é o traço distintivo que nos torna diversos dos demais mamíferos, os quais possuem outros para exprimir o próprio estado emotivo. Trimble conta que no zoo de Munster (Alemanha), em 2008, a gorila Gana perdeu um filhote de poucos meses. A mãe passou horas sacudindo o pequeno corpo do filhote, desesperada, mas sem derramar lágrimas. Os únicos a chorar eram os visitantes do zoo.


Importantes para os olhos
Muitos animais produzem lágrimas por meras questões fisiológicas. As lágrimas, com efeito, servem para manter úmidos os olhos. Elas mantêm o equilíbrio osmótico do bulbo ocular, removem as impurezas da córnea e contêm substâncias bactericidas que afastam o risco de infecções. No que diz respeito ao homem, a confirmação de que as lágrimas servem para aliviar o estresse vem do fato de que nesse líquido foram encontrados traços de uma endorfina que é produzida no cérebro para aliviar a dor. As lágrimas emotivas possuem uma química diversa daquelas que são naturalmente versadas para manter os olhos úmidos. E servem sobretudo para se comunicar – em nível inconsciente – com os outros.


Por que choramos de dor ou de felicidade?
Quando se experimenta uma forte emoção, o sistema límbico do cérebro estimula o sistema nervoso central, e este, por sua vez, aciona uma série de reações fisiológicas, entre quais os batimentos cardíacos. Além disso, ocorrem alterações também no ritmo da respiração e as glândulas lacrimais.. Colocadas acima do arco superior do olho, as glândulas lacrimais produzem lágrimas. Quando choramos, o líquido "jorra" nos ângulos dos olhos e escorre sobre a conjuntiva, a membrana que recobre a parte interna das pálpebras, para terminar na cavidade nasal. A cada nova batida dos cílios o olho se lubrifica. Desse modo evita-se a desidratação do bulbo e se facilita o afastamento da poeira. As lágrimas também têm um poder desinfetante, pois elas contêm glucose, cloreto de sódio, proteínas, ureia e uma enzima bactericida, a lisozima.


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