quinta-feira, 11 de abril de 2013

NO FRIGIR DOS OVOS

"E NO FRIGIR DOS OVOS..."

marciaalfate.blogspot.com/Divulgação.

Pergunta: Alguém sabe me explicar, num português claro e direto, sem figuras de linguagem, o que  quer dizer a expressão "no frigir dos ovos"?
Resposta: Quando comecei, pensava que escrever sobre comida seria "sopa no mel, mamão com açúcar". Só que depois de um certo tempo dá "crepe", você percebe que comeu "gato por lebre" e acaba ficando com uma "batata quente" nas mãos. Como rapadura é "doce mas não é mole", nem sempre você tem ideias e pra descascar esse "abacaxi" só metendo a "mão na massa".

E não adianta "chorar as pitangas" ou, simplesmente, mandar tudo às "favas", nem ficar procurando chifre em "cabeça de cavalo". Já que é pelo estômago que se conquista o leitor, o negócio é ir comendo o "mingau pelas beiradas", fazendo uma "boquinha" e cozinhando em "banho-maria", porque é de "grão em grão" que a galinha enche o papo.

Contudo é preciso tomar cuidado para não "azedar", "passar do ponto, encher linguiça" demais. Além disso, deve-se ter consciência de que é necessário comer "o pão que o diabo amassou" para "vender o seu peixe". Afinal não se faz "uma boa omelete sem antes quebrar os ovos". "Cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém".

Há quem pense que escrever é como "tirar doce da boca de criança" e vai com muita "sede ao pote". Mas como o "apressado come cru", essa gente acaba falando muita "abobrinha". São escritores de "meia tigela, trocam alhos por bugalhos" e confundem "Carolina de Sá Leitão com  caçarolinha de assar leitão". Há também aqueles que são "arroz de festa, com a faca e o queijo nas mãos", eles se perdem em devaneios (piram na batatinha, viajam na maionese... etc.). Achando que "beleza não põe mesa, pisam no tomate, enfiam o pé na jaca", e no fim quem "paga o pato" é o leitor que sai com cara de quem "comeu e não gostou".

O importante é não "cuspir no prato em que se come", pois quem lê não é tudo "farinha do mesmo saco". Diversificar é a melhor receita para "engrossar o caldo" e oferecer um texto de se "comer com os olhos", literalmente. Por outro lado se você tiver os "olhos maiores que a barriga" o negócio desanda e vira um verdadeiro "angu de caroço, comendo mortadela a arrotando caviar". E, não adianta "chorar sobre o leite derramado" porque ninguém vai colocar "uma azeitona na sua empadinha", não. "O pepino é só seu", e o máximo que você vai ganhar é uma "banana", afinal "pimenta nos olhos dos outros é refresco..."

A "carne é fraca", eu sei. Às vezes dá vontade de largar tudo e ir "plantar batatas", porque "macaco velho não bota a mão em cumbuca". Mas, quem "não arrisca não petisca", e depois quando se junta "a fome com a vontade de comer" as coisas mudam da "água pro vinho". Se "embananar", de vez em quando, é normal, o importante é não desistir mesmo quando o "caldo entornar". "Puxe a brasa pra sua sardinha", que, no "frigir dos ovos" a conversa "chega na cozinha e fica de se comer rezando". Daí, com "água na boca", é só saborear, porque o que "não mata, engorda".

Entendeu o que significa "no frigir dos ovos"?

Autor Desconhecido

Isabel Menezes
São José do Rio Preto - SP - Brasil
www.facebook.com/isabel.menezes.33

Nenhum comentário:

Postar um comentário