sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A Rendeira

Do Blog da Isabel 

A Rendeira 

Na teia da manhã que se desvela,
rendeira compõe seu labirinto,
movendo sem saber e por instinto
a rede dos instantes numa tela.
Ponto a ponto, paciente,
tenta ela traçar no branco linho
mais distinto a trama de um desenho
tão sucinto como a jornada humana se revela.

Em frente,
o mar desfia a eternidade noutra tela
de espuma e esquecimento enquanto,
entrelaçado, o pensamento
costura sobre o sonho a realidade.

Em que perdida tela mais extrema
foi tecida a rendeira e este poema?

Adriano Espínola


Bom dia,, queridos amigos!

Gosto de textos que falam de bordados. Um desenho construído ponto a ponto, com arte e paciência, assim como a vida, a qual vamos acrescentando cores e formas todos os dias. Achei belo este poema, onde tudo se entrelaça..., a rendeira, o mar, o pensamento que bordam e que, ao mesmo tempo, fazem parte do bordado. Assim como nós...

Um dia maravilhoso para todos, com lindas matizes, com lindas cores, deixando este pedacinho do bordado mais alegre, mais colorido!
Com carinho, Isabel

Isabel Menezes
São José do Rio Preto - SP - Brasil
http://meuamorvirtual.loveblog.com.br



2 comentários:

  1. Essa moça é minha amiga, e esbanja talento.
    Já comentei no blog dela, dizendo justamente que este texto é encantador.
    Abraços:
    Sil

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  2. Boa tarde, poeta! Fiquei surpresa e feliz ao ver esta publicação! Obrigada pelo carinho e por estar sempre publicando meus artigos! Bjs

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